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O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne nesta terça (17) e quarta-feira (18) para definir o rumo da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.
🏦Diante do atual cenário de incertezas, não há consenso no mercado sobre a decisão do Copom: as apostas se dividem entre a manutenção dos juros em 14,75% e uma nova alta da Selic, para 15%.
O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, já confirmou que o Copom chega para esta reunião com suas "opções em aberto", dizendo que o momento demanda "flexibilidade e cautela".
Economistas explicam que os dados econômicos mostraram um comportamento "ambíguo" desde a última reunião do comitê, em maio.
De um lado, a inflação segue acima da meta perseguida pelo BC, mas veio melhor do que o esperado pelo mercado nas últimas divulgações.
💲 O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de maio, por exemplo, desacelerou para 0,26%, depois de ter subido 0,43% em abril. Contudo, ainda acumula 5,32% em 12 meses e a meta de inflação é de 3% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.
Do outro, a atividade econômica segue aquecida, mas já dá sinais de desaceleração. O PIB (Produto Interno Bruto), por exemplo, avançou 1,4% no primeiro trimestre. Já a prévia do PIB cresceu apenas 0,2% em abril.
Além disso, o mercado monitora os preços do câmbio e das commodities. Afinal, o dólar está nas mínimas do ano, mas o cenário internacional, de conflitos e disputas tarifárias, pode pressionar os preços das commodities. Além disso, a questão fiscal segue no radar.
Diante desse cenário, a XP acredita que a decisão desta reunião do Copom será "apertada".
"Membros do Copom transmitiram sinais mistos nas últimas semanas. Em alguns momentos, o foco era a manutenção dos juros em patamar restritivo por um período prolongado; em outros, o foco era a calibragem da taxa Selic terminal", dizem os analistas.
📊 A XP, por sinal, chegou a projetar uma alta de 0,25 ponto percentual da Selic, mas agora aposta na manutenção dos juros em 14,75%, devido aos efeitos do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no custo do crédito.
Ainda assim, diz que "uma nova alta de juros de fato faria sentido", já que a atividade continua robusta e as expectativas de inflação estão bem acima da meta. E, ao mesmo tempo, ressalta que "se houver alta de juros nesta semana, tende a ser a última do ano".
Já o Itaú BBA acredita que o Copom vai manter a Selic em 14,75%. "A decisão deve refletir o estágio avançado do ciclo, as perspectivas dos efeitos defasados e cumulativos da política monetária e um ambiente de incerteza acima do usual", explica.
O banco acredita, contudo, que o fim do ciclo de alta de juros no Brasil também deve vir "com cautela e flexibilidade". Ou seja, com o Copom indicando que pode retomar o aperto monetário em caso de piora do cenário inflacionário.
Para o Itaú BBA, o Copom vai reforçar o compromisso com a convergência da inflação ao meta, indicando que os juros seguirão em um "pico contracionista por período prolongado e sinalizando que não hesitará em retomar o ciclo de alta, caso o cenário prospectivo de inflação se deteriorar".
📈 A Nomos, por outro lado, aposta na alta da Selic para 15%. A avaliação é de que os fatores que vinham sustentando a aposta de manutenção dos juros tornaram-se menos claros. Entre eles, a queda dos preços do petróleo, interrompida pelos conflitos no Oriente Médio.
A possibilidade de uma desaceleração acentuada da economia americana também não se confirmou, o que reforça a manutenção de juros elevados por lá, o que também pressiona a política monetária no Brasil, lembrou o economista e diretor da Nomos, Beto Saadia.
Ele acredita, então, que "caso o comitê opte por manter os juros inalterados, uma alternativa será reforçar a sinalização de um cenário de juros elevados por um período mais prolongado do que o inicialmente previsto".
🗓️ A manutenção de juros altos por um período prolongado, por sinal, é consenso entre os economistas. A XP, por exemplo, só vê condições para o início dos cortes de juros no segundo trimestre de 2026.
Segundo o Boletim Focus, a expectativa do mercado é de que a Selic termine este ano nos atuais 14,75%, caia para 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10,00% em 2028.
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