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📉 A Polishop, conhecida rede de varejo, enfrenta uma grave crise financeira e entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada, processo que está sendo analisado pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, sob a responsabilidade do juiz Paulo de Oliveira Filho.
A empresa já havia tentado renegociar uma dívida de R$ 395 milhões com seus credores, mas sem sucesso, especialmente devido à resistência dos shoppings centers, que estão executando dívidas por atrasos nos pagamentos de aluguéis.
Antes de formalizar o pedido de recuperação judicial, a Polishop já havia conseguido uma liminar no dia 3 de abril, permitindo a suspensão das execuções de dívida e dos despejos.
Essa medida foi uma antecipação dos efeitos do processamento da recuperação judicial, uma ação emergencial para proteger a empresa enquanto preparava a documentação necessária para o processo formal.
A situação da Polishop agravou-se significativamente nos últimos anos. João Apolinário, fundador da empresa, descreveu em uma entrevista no ano passado que a crise financeira é a mais severa já enfrentada pela rede.
💲 Os sócios chegaram a vender ativos valiosos, incluindo uma aeronave por R$ 250 milhões, dos quais R$ 100 milhões foram reinvestidos na empresa para tentar estabilizar sua estrutura de capital em 2022 e 2023.
A empresa também tem lidado com uma série de desafios operacionais, incluindo o fechamento de lojas deficitárias, demissões e cortes de custos.
De 250 unidades no final de 2021, a rede foi reduzida para 180 em dezembro de 2022 e para 123 no início deste ano, com números ainda em declínio.
Os desafios da Polishop são amplificados pela queda na demanda por produtos voltados à faixa de renda mais alta, encarecimento do crédito devido à alta da taxa Selic e dificuldades de importação de mercadorias da China, que têm impactado negativamente o negócio.
A decisão do juiz sobre o pedido de recuperação judicial é aguardada com expectativa, pois poderá determinar o futuro da empresa no mercado brasileiro.
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Mesmo sem provisões e multas contra a empresa, a administração ainda considera que o prejuízo no trimestre seria de R$ 587,6 milhões