Isso porque ainda nesta terça-feira (23) seria apresentada no Congresso Nacional a proposta de elevar de 5% para 7,5% a taxação sobre os títulos bancários que ajudam a financiar operações de crédito ao agronegócio e ao mercado imobiliário.
O próprio governo Lula já defendia acabar com a atual isenção das
LCAs e
LCIs e taxá-las em 5% a partir do próximo ano, como forma alternativa de compensar o aumento do
Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), medida impopular que ameaça a popularidade tênue do atual presidente da República às vésperas de ano eleitoral.
No caso, o relator da Medida Provisória (MP) alternativa ao IOF, deputado federal Carlos Zarattini (PT/São Paulo), é quem justamente propõe aumentar a tributação das LCAs e LCIs de 5% para 7,5%.
Futuro e presente das LCAs e LCIs
A proposta que eleva a taxação das
LCAs e
LCIs para 7,5% só não foi apresentada hoje na comissão mista do Congresso Nacional a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/Paraíba), alegando que o texto ainda requeria discussão dos líderes.
Portanto, agora a expectativa é que o relatório que põe fim à isenção das
LCAs e
LCIs seja apresentado nesta quarta-feira (24), com a possibilidade de votação no Plenário das duas casas legislativas só no próximo dia 30 de setembro.
No total, a expectativa da equipe econômica comandada pelo ministro Fernando Haddad é que a MP alternativa do IOF possa arrecadar em torno de R$ 20 bilhões aos cofres públicos.