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🚨 O agronegócio brasileiro iniciou 2025 com um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial.
Dados divulgados nesta terça-feira (15) pela Serasa Experian mostram que o setor registrou 389 solicitações no primeiro trimestre, avanço de 21,5% em relação aos últimos três meses de 2024 e alta de 44,6% no comparativo anual.
A piora do cenário financeiro afeta principalmente produtores rurais pessoas físicas, que somaram 195 pedidos — número quase dobro do registrado no mesmo período de 2024, quando houve 106 requisições.
Segundo Marcelo Pimenta, chefe da vertical de agronegócio da Serasa, o aumento dos pedidos é resultado de um ambiente mais complexo.
“Oscilações nos preços das commodities, crédito mais seletivo, exigência de garantias e maior dificuldade na rolagem de dívidas têm pressionado o caixa e reduzido as margens de manobra dos produtores”, afirma.
A combinação entre custos elevados, recebimentos demorados e maior rigor bancário tem ampliado a vulnerabilidade dos produtores, especialmente os mais dependentes de capital de giro.
Apesar do avanço nos pedidos, Pimenta ressalta que o número ainda representa uma fatia pequena do total de produtores ativos no país: “Estamos falando de 389 casos frente a 1,4 milhão de produtores que tomaram crédito nos últimos dois anos”, pondera.
Entre os segmentos mais afetados, os destaques foram:
Essas atividades lideraram o ranking de recuperações, refletindo também a exposição cambial, a volatilidade nos preços internacionais e os desafios logísticos enfrentados no primeiro trimestre do ano.
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Além das pessoas físicas, 113 produtores pessoa jurídica também buscaram a recuperação judicial entre janeiro e março, um leve crescimento frente aos 110 casos do trimestre anterior.
Já as empresas do agronegócio, como cooperativas e agroindústrias, contabilizaram 81 solicitações, contra 70 no final de 2024 e 77 um ano antes.
O avanço nas recuperações judiciais no agro ocorre em um momento em que o setor já vinha sendo monitorado de perto por bancos, gestoras e órgãos reguladores, principalmente após uma sequência de quebras e renegociações bilionárias em 2023 e 2024.
📈 Para os próximos trimestres, o comportamento dos preços internacionais, o acesso ao crédito rural e a implementação de políticas de renegociação estruturada serão fatores decisivos para a recuperação ou agravamento da situação.
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