Copel (CPLE6) está com baita caixa? Estatal faz oferta para resgatar debêntures
Elétrica pagadora de dividendos pode estar buscando condições melhores para se financiar ou reduzir endividamento.
Muitos investidores até sabem que o setor elétrico é um bom pagador de dividendos, mas se uma empresa não consegue aumentar suas receitas e diminuir suas dívidas, não há milagre. Por isso, é bom ficar de olho ao sinal que a estatal paranaense Copel (CPLE6) está dando ao mercado nesta terça-feira (15).
A empresa recebeu aprovação para que suas Receitas Anuais Permitidas (RAPs) tivessem incremento de 13,6% no ciclo 2025/2026, garantindo uma receita estável à Copel de R$ 1,81 bilhão, conforme nota técnica da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Os valores, inclusive, já incluem 100% da participação da Copel no empreendimento Mata de Santa Genebra e os efeitos da redução do componente financeiro. Caso a estatal elétrica não tivesse feito esse investimento, o reajuste do indicador RAP seria de apenas 3%.
Para quem ainda não sacou muito bem a importância do indicador RAP na hora de estudar uma empresa do setor elétrico, em resumo, seu objetivo é garantir que os investimentos das companhias, geralmente envolvendo bilhões de reais, tenham um retorno adequado para a manutenção de um serviço essencial.
Leia mais: Não são dividendos, mas Taesa paga R$ 403,6 milhões a investidores de renda fixa
Ou seja, uma vez estabelecida a Receita Anual Permitida (RAP), as empresas de geração e transmissão de energia têm o direito de receber essa remuneração mensal durante o período determinado.
Vale explicar também que o indicador RAP não é a única fonte de receita de uma companhia elétrica, já que a mesma também pode obter renda com a venda de energia no mercado livre, por exemplo, mas digamos que o indicador RAP represente a parcela mais previsível das receitas.
Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em CPLE6 há 10 anos, hoje você teria R$ 5.663,72, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 2.622,18 nas mesmas condições.
Elétrica pagadora de dividendos pode estar buscando condições melhores para se financiar ou reduzir endividamento.
O Bradesco BBI revisou o preço-alvo da companhia para R$ 15 até o fim de 2025 — alta potencial de 13,4% frente ao último fechamento.