Reag (REAG3) extingue conselho consultivo; saiba motivo

As atribuições que eram exercidas pelo conselho consultivo passam a ser conduzidas pelo Conselho de Administração e pela Diretoria.

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Publicado em 04/09/2025 às 09:52h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 04/09/2025 às 09:52h Atualizado 1 dia atrás por Elanny Vlaxio
O anúncio foi feito na última quarta-feira (3) (Imagem: Shutterstock)

A Reag Investimentos (REAG3) informou que o Conselho de Administração da RHolsa (Reag Capital Holding) aprovou, na última quarta-feira (3), a extinção do conselho consultivo da companhia. 

🤔 Criado em 22 de abril de 2025 como instância de assessoramento não estatutária, o colegiado foi dissolvido em razão da renúncia coletiva de seus membros. 

A partir de agora, as atribuições que eram exercidas pelo conselho consultivo passam a ser conduzidas diretamente pelo Conselho de Administração e pela Diretoria.

Quem é a Reag e por que é alvo de Operação 

Segundo informações disponíveis em seu site, a Reag afirma ser a maior gestora independente do Brasil, com R$ 299 bilhões sob gestão e sem vínculo com bancos.  A companhia é controlada pela Reag Capital Holding S/A, que também responde pela Ciabrasf (Companhia Brasileira de Serviços Financeiros), outra holding independente, e por empresas do setor de seguros e financeiro.

🎥 Na última semana, a Faria Lima foi palco de ação da Polícia Federal, Polícia Militar e órgãos parceiros na “Operação Carbono Oculto”, voltada ao combate à infiltração do crime organizado. Segundo a investigação, os criminosos usavam produtos financeiros para lavagem de dinheiro e proteção patrimonial.

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O inquérito indica que, na área central financeira de São Paulo, pelo menos 40 atores estão entre os alvos, incluindo empresas, gestoras, corretoras e fundos de investimento que somam R$ 30 bilhões. Entre os nomes citados estão a fintech BK Bank e as gestoras Reag, BFL, Banvox, Altinvest e Trustee.

A Reag administrava, em 2020, o Location Fundo de Investimentos, vinculado a Mohamad Hussein Mourad, apontado como líder do esquema. Embora Renato Camargo constasse como único cotista, os valores eram incompatíveis com seu patrimônio, levando o Santander (SANB11) a notificar o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). 

Na realidade, os recursos tinham origem em contas de Mourad. Agora, com autorização da Justiça, os dados obtidos foram repassados ao Ministério Público. Em nota, a Reag e a Ciabrasf afirmaram estar colaborando integralmente com as autoridades. 

📝 "As companhias esclarecem que estão colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo as informações e documentos solicitados, e permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários. As Companhias manterão seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste Fato Relevante", diz o comunicado.