Raízen (RAIZ4) sob nova direção: Veja a reformulação da diretoria

Nova diretoria deve focar na redução da alavancagem da companhia.

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Publicado em 06/12/2024 às 09:30h - Atualizado 15 dias atrás Publicado em 06/12/2024 às 09:30h Atualizado 15 dias atrás por Marina Barbosa
Raízen já havia ganhado novo CEO e CFO (Imagem: Shutterstock)

Depois de anos de crescimento acelerado, a Raízen (RAIZ4) sofreu um prejuízo milionário e viu sua alavancagem crescer no segundo trimestre da safra 2024/2025. Contudo, parece querer mudar de rumo. Por isso, está reformulando a sua diretoria executiva.

🧑‍💼A Raízen já havia ganhado novos CEO e CFO no último dia 14 de novembro: Nelson Gomes deixou o comando da Cosan (CSAN3) para assumir a presidência da Raízen e Rafael Bergman trocou a vice-presidência Financeira e a Diretoria de Relações com Investidores da Rumo (RAIL3) pelas da Raízen.

Mas, nessa quinta-feira (5), anunciou outras mudanças na diretoria, como a criação da vice-presidência de Mobilidade Brasil. O posto ficará com Leonardo Gadotti Filho, que já atuou como vice-presidente executivo de Logística, Distribuição e Trading da Raízen e hoje é conselheiro da Cosan.

Com isso, Nelson Gomes e Rafael Bergman vão comandar a empresa ao lado dos seguintes executivos:

  • Frederico Suano Pacheco de Araujo: VP Jurídico;
  • Ricardo Lewin: VP de Estratégia e M&A;
  • Carlos Alberto Griner: VP de Gente, Comunicação e SSMA;
  • Claudio Oliveira: VP de Relações Institucionais e Sustentabilidade;
  • Francis Vernon Queen Neto: VP de Etanol, Açúcar e Bioenergia;
  • Leonardo Gadotti Filho: VP de Mobilidade Brasil;
  • Teofilo Lacroze: VP de Mobilidade Latam.

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Grupo Cosan

As mudanças na Raízen fazem parte de uma grande reformulação da liderança do grupo Cosan, que tem sofrido com os juros altos e busca formas de reduzir o seu endividamento, a partir da gestão dos seus negócios. 

A acionista da Vale (VALE3), sócia da Raízen e controladora da Moove, Compass, Radar e Rumo, a Cosan também ganhou um novo CEO recentemente: Marcelo Martins trocou a vice-presidência de Estratégia pelo comando da holding em novembro, depois que Nelson Gomes foi para a Raízen.

💲 Em conversa com analistas nesta semana, Martins indicou que o objetivo é reduzir a alavancagem e ajustar a estrutura de capital da holding, dado o custo mais alto da dívida.

"A empresa mudará seu foco para eficiência, alocação diligente de capital, retorno sobre investimentos e excelência operacional. Por sua vez, o crescimento e a diversificação desempenharão um papel menos proeminente na estratégia do grupo", relatou a XP.

O plano ainda envolve mudanças significativas na Raízen, segundo a XP. Depois da conversa com Martins, a corretora espera que a produtora de açúcar e etanol venda ativos, reduza custos e até investimentos para diminuir a alavancagem.

"Acreditamos que a Raízen concentrará seus recursos humanos e de capital em seus negócios principais de distribuição de combustíveis no Brasil e açúcar e etanol, afastando-se do empreendimento de diversificação, reduzindo o capital investido em trading e voltando a escalá-lo para apoiar as operações de açúcar e etanol", disse a XP.