MRV (MRVE3) pode recomprar até 8% de suas ações em circulação
Investidor10 mostra que as ações da construtora estão em seu menor patamar de preço desde janeiro de 2016.
O que será que o mês de junho de 2025 reservou às ações brasileiras listadas na bolsa brasileira, a B3? Bom, enquanto o Ibovespa teve o seu melhor desempenho nos últimos 10 anos durante esse primeiro semestre que acabe de fechar nesta segunda-feira (30), saiba que a volatilidade no curto prazo dos últimos 30 dias foi bem mais ferrenha.
Embora resultados passados, de forma alguma, sejam garantia para retornos futuros, é interessante acompanhar como foi o desempenho das ações brasileiras mensalmente para buscar tendências, narrativas de mercado ou até mesmo distorções que possam servir de oportunidades a depender da estratégia do investidor.
Seja como for, o Investidor10 tem um ranking específico para monitorar não apenas as maiores altas nos últimos 30 dias, como também empresas que acabaram apanhando mais na bolsa de valores.
Outra abordagem interessante é acompanhar em que colocação do ranking se encontram as ações queridinhas dos investidores em meio ao desempenho de curto prazo, olhar que até pode ajudar o investidor a identificar aonde seria melhor potencializado o seu aporte, levando em conta a valorização ou desconto recentre da companhia listada na B3 que integre também sua carteira particular de ações, geralmente de caráter previdenciário.
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Dito isso, a ação que mais se valorizou no período foi a MRV Engenharia (MRVE3), com seus acionistas embolsando ganho de capital de +20,04% em junho, segundo dados do Investidor10.
Apesar do otimismo no curto prazo, a empresa encontra-se com rentabilidade negativa no momento, observando o seu ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) com taxa de −11,55% nos últimos 12 meses.
A construtora faz parte do grupo de empresas que é bastante sensível ao ambiente de juros elevados, sobretudo, com a taxa Selic em 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. Fora que a MRVE3 enfrenta desafios com suas operações de imóveis nos Estados Unidos.
Todavia, a própria diretoria da MRV Engenharia reconhece o quanto suas ações estão descontadas na B3, tanto que no último dia 12 de junho foi aprovado um programa de recompra de ações que permite a construtora reaver até 8% dos seus papéis em circulação, ou seja, uma prova ao mercado de que a empresa enxerga suas próprias ações no momento como uma oportunidade de alocação interessante.
Já as ações da Renova Energia (RNEW4) acumularam um desconto de −46,43% só em junho, frustrando as expectativas dos acionistas e potenciais investidores que esperavam que os papéis da elétrica de geração solar disparariam rapidamente com o fim da recuperação judicial que durou seis anos e teve fim no último dia 13 de fevereiro.
A Renova Energia entrou em recuperação judicial em 2019, para equalizar o pagamento de R$ 3,1 bilhões em dívidas. O encerramento do processo foi possível depois que a elétrica celebrou novos acordos com os credores titulares de créditos com garantia real, em outubro de 2024.
Logo, confira a seguir os desempenhos das ações brasileiras em junho sobre os filtros das maiores altas, descontos e resultados das queridinhas do ranking do Investidor10:
Investidor10 mostra que as ações da construtora estão em seu menor patamar de preço desde janeiro de 2016.
O resultado foi fortemente pressionado pela operação da Resia, braço norte-americano do grupo, que ampliou suas perdas.