⚠️ O presidente e o diretor financeiro do
BRB (BSLI4) -Paulo Henrique Costa e Dario Oswaldo Garcia Junior, respectivamente- foram afastados dos cargos nesta terça-feira (18). A decisão é da Justiça Federal de Brasília e vale por um prazo de 60 dias.
Este é um desdobramento da operação da PF (Polícia Federal) que busca combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional.
Chamada de Compliance Zero, a operação levou ao cumprimento de mandados de busca e apreensão no BRB e levou à prisão do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro.
O BRB tentou comprar o Master neste ano. A operação foi anunciada em março, mas acabou sendo barrada pelo BC (Banco Central) em setembro, diante de dúvidas sobre a situação financeira do Master, que teve a sua liquidação decretada nesta terça-feira (18).
Em nota, o BRB disse que "sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master".
O banco garantiu ainda que "segue operando normalmente, garantindo a continuidade integral dos serviços e preservando a segurança das operações, dos clientes, dos parceiros e de toda a sua estrutura operacional".
"A instituição reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade e a integridade na condução de suas atividades", afirmou.
Novo comando
🚨 Apesar do afastamento determinado pela Justiça ser temporário, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu trocar o comando do BRB.
Ibaneis vai indicar para a presidência do banco o atual superintendente da Caixa Econômica Federal em Brasília, Celso Elois de Souza Cavalhero.
A operação da PF
A Operação Compliance Zero foi deflagrada pela PF nesta terça-feira (18) após meses de investigação.
Segundo a corporação, "carteiras de crédito insubsistentes" teriam sido emitidas por uma instituição financeira e vendidas a outro banco, sendo posteriormente substituídas por outros ativos sem avaliação técnica adequada.
🔎 Entre os crimes investigados, estão os de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.
Ao todo, cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, 25 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares foram cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.