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Investidor10 já sabe que o ciclo de cortes da
taxa Selic previsto ao longo de 2026 deve beneficiar bastante a valorização das ações brasileiras, em especial, um seleto grupo de
20 empresas que mais lucrarão com um ambiente de juros menores. Só que o BTG Pactual tem mais motivos para acreditar que mais dinheiro está por vir no próximo ano.
"Embora os ativos administrados por
fundos de investimento mútuos locais tenham aumentado consideravelmente ao longo dos anos, a porcentagem desses ativos alocados em
ações brasileiras não acompanhou o mesmo ritmo", comentam os analistas Carlos Sequeira e Antônio Junqueira, que assinam o relatório Estratégia Brasil.
Olhando em retrospecto, quando a taxa Selic bateu sua mínima histórica, no patamar de 2% ao ano em 2020, no auge da pandemia, os ativos sob gestão atingiram R$ 765 bilhões (15,2% do total de ativos sob gestão por fundos mútuos).
Desde então, com o aumento da taxa básica de juros para 15% ao ano, os ativos sob gestão investidos em ações brasileiras caíram para R$ 622 bilhões em setembro de 2025 (ou apenas 8,3% do total de ativos sob gestão).
"Mesmo se assumirmos que os ativos sob gestão permaneçam parcialmente estáveis, se voltarmos a cerca de 10% na participação em ações (como visto no final de 2023), isso poderia significar aproximadamente R$ 120 bilhões em fluxos positivos para os fundos locais", destaca a dupla de especialistas.
Empresas endividadas na B3
Não é segredo que as empresas mais endividadas listadas na B3 têm muito a ganhar em um ambiente de juros menores no Brasil. Setores mais óbvios da economia, como o varejo, são um dos maiores beneficiários, algo que até investidores iniciantes já têm no radar.
Todavia, o BTG Pactual chama a atenção para companhias de capital aberto menos óbvias para o grande público e que, ainda assim, podem ser bastante promissoras a despeito de seus atuais níveis elevados de alavancagem, com maior parte de sua dívida vinculada a taxas flutuantes (
Selic), independentemente do setor.
Conforme apuração do
Investidor10, todas as seis ações brasileiras mencionadas pelos analistas acumulam perdas nos últimos dois anos, mesmo considerando o reinvestimento dos
dividendos. Acompanhe: