Petrobras (PETR4) abre licitação para retomar construção de refinaria no Comperj, diz jornal
As obras devem começar no segundo semestre de 2024.
Os preços do petróleo atingiram as máximas do ano nesta quinta-feira (14/09), acima dos US$ 90 o barril. A alta reflete a possibilidade de um descompasso entre a demanda e a oferta no fim do ano, devido aos cortes de produção.
O contrato futuro do petróleo tipo Brent, referência mundial, subiu 1,98%. Com isso, fechou o pregão aos US$ 93,70, valor que não era registrado desde outubro de 2022. Já o contrato do petróleo tipo WTI, que serve de referência para o mercado dos Estados Unidos, avançou 1,86%, para US$ 90,16 o barril. Também é a máxima em 11 meses.
A alta dos preços favorece petroleiras como a Petrobras. As ações da companhia brasileira sobem mais de 2,5% no pregão desta quinta-feira (14/09), contribuindo com o resultado do Ibovespa, o principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).
A perspectiva de que a oferta mundial de petróleo sofra restrições ou até déficits no quarto trimestre de 2023 veio à tona nesta semana com as revisões de cenário da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE).
Em relatório publicado na terça-feira (12/09), a Opep disse que a economia global tem sido resiliente, apesar de desafios como a inflação elevada, os juros altos e as tensões geopolíticas, e, por isso, deve impulsionar a demanda por petróleo.
Segundo as estimativas da Opep, a demanda global de petróleo deve superar os níveis pré-pandemia em 2023. Apesar disso, a Arábia Saudita e os demais membros da Opep já anunciaram que os atuais cortes de produção serão mantidos até 2024.
A Agência Internacional de Energia disse na quarta-feira (13/09), então, que os cortes de produção implementadas pela Arábia Saudita e pela Rússia devem gerar um “déficit de mercado substancial” até o fim do ano.
Pelos cálculos da AIE, a produção de países como Estados Unidos e Brasil vem compensando os cortes da Opep até agora, mas não deve ser suficiente até o fim do ano. "A perda de produção da OPEP+, liderada pela Arábia Saudita, conduzirá a uma quebra significativa na oferta durante o quarto trimestre", afirmou.
As obras devem começar no segundo semestre de 2024.
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