💰 Está marcado para o dia 7 de novembro a divulgação do balanço financeiro da Petrobras (PETR4) referente ao terceiro trimestre de 2024. Considerando os dados de produção e vendas já publicados, a XP Investimentos atualizou seu preço-alvo para as ações ordinárias de R$ 45 para R$ 46.
Na opinião dos analistas da corretora, os números da empresa abrem margem para o anúncio de dividendos extraordinários de R$ 23 bilhões. Em conferência aos investidores nesta quarta-feira (30), Regis Cardoso, analista de óleo e gás da XP, destacou que a empresa tem a prerrogativa de decidir pelo pagamento e também pela data de divulgação.
“A gente acredita que há potencial espaço de pagamento de dividendos extraordinários”, disse ele. Com base na atual política de dividendos, a corretora acredita que os dividendos ordinários serão de US$ 2,6 bilhões, equivalente a R$ 15 bilhões na cotação atual.
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“Achamos que a empresa já tem hoje informação suficiente de sua necessidade de caixa e quanto ela vai investir no futuro – isso permitiria anunciar já no resultado do terceiro trimestre o dividendo extraordinário”, comentou.
A corretora também destacou que a companhia pode deixar para anunciar os dividendos extraordinários junto da divulgação do plano de negócios, que está prevista para o final de novembro.
No terceiro trimestre, a Petrobras registrou uma produção média de 2,13 milhões de barris de petróleo por dia. Esse índice marca uma queda de 8,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A XP não é a primeira corretora ou banco a prever proventos extraordinários vindos da estatal. Há duas semanas, o Bradesco BBI já havia comentado o assunto, dizendo que viriam “dividendos sólidos”.
“A perspectiva para os dividendos da Petrobras é sólida para 2025, especialmente se os preços do petróleo permanecerem acima de US$ 70 e o nível de caixa ideal for reduzido para US$ 5 bilhões”, destacou relatório do BBI.
Na mesma linha, anteriormente, os analistas do Goldman Sachs disseram que poderiam vir algo em cerca de US$ 4 bilhões ainda em 2024. Esse seria um valor conservador entre um mínimo de US$ 2 bilhões e um máximo de US$ 6 bilhões.
O banco norte-americano também elevou seu preço-alvo para US$ 15,40 para os ADRs da companhia negociados nos Estados Unidos. Para os papeis brasileiros, a nova perspectiva é de R$ 43 para as ações ordinárias e de R$ 39,40 para as preferenciais.
Não é segredo que a Petrobras se tornou a queridinha dos investidores quando o assunto é dividendos. Isso porque, só nos últimos 12 meses, a companhia acumula um dividend yield de 17,04%, liderando entre as ações que mais distribuem proventos no país.
O último dividendos pago pela empresa foi em setembro, quando depositou R$ 0,52 por cada ação ordinária e preferencial. Tiveram direito ao valor todos os investidores que detinham ações da companhia até o dia 11 de junho.
Outra rodada já foi anunciada pela companhia, esta dividida em duas parcelas de R$ 0,52. O valor total de R$ 1,05 por ação -totalizando mais de R$ 13,5 bilhões- teve data de corte em 21 de agosto.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.
