Petrobras (PETR4) na Foz do Amazonas? Lula diz que exploração vai acontecer
A região é considerada uma das novas fronteiras energéticas do país e já desperta atenção internacional pelo seu potencial.
A Petrobras (PETR4) estaria estudando fazer aquisições de fazendas solares, disseram fontes internas da companhia. O objetivo seria usar as estruturas para abastecer suas diversas subsidiárias.
Em evento nesta terça-feira (9), o presidente da Transpetro, uma das empresas que seriam beneficiadas, destacou que essa seria uma ideia da própria diretoria interna da petrolífera. A Transpetro é uma das empresas responsáveis pela logística da estatal, tendo já dois terminais de carga funcionando com energia fotovoltaica.
As fazendas solares são espaços a céu aberto que contam com centenas ou até milhares de painéis solares que captam a luz do sul para converter em energia elétrica. Segundo os especialistas do setor, unidades como essa podem reduzir em até 95% os gastos com eletricidade.
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“Nossa ideia é que o próximo terminal com energia solar seja em Coari [no Amazonas], em plena selva amazônica. A diretora Angélica [Garcia Cobas Laureano, Transição Energética e Sustentabilidade] nos chamou para tentar fazer um trabalho conjunto com a Petrobras, comprando uma fazenda para instalação de placas solares”, disse Sérgio Bacci.
Dada a dimensão e a quantidade de produtos processados pela Petrobras, montar estruturas que atendam à companhia é um desafio. No entanto, este é um projeto que tem potencial para diminuir os custos com eletricidade, por exemplo, já que uma usina renovável barateia o recebimento de energia.
“Não sei se essa fazenda vai suprir toda a demanda da Petrobras, que é enorme. Para isso, precisaríamos de milhares de quilômetros quadrados. Mas a ideia é ao menos reduzir o custo com energia”, declarou.
“Estamos trabalhando com a diretoria em um projeto mais amplo para o sistema Petrobras, no qual possamos, se possível, abastecer grande parte dos nossos ativos com usinas fotovoltaicas”, continuou, no evento Rio Pipeline & Logistics, do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
O executivo também comentou que a companhia trabalha em um estudo para construir quatro novos navios, todos do modelo Panamax. Essas embarcações têm capacidade para transportar até 80 mil toneladas de porte bruto.
A novidade faz parte do plano de negócios da Petrobras para o quadriênio 2026-2030. Os navios ainda devem ser avaliados pela diretoria da companhia e, caso aprovados, passarão por processo de licitação de estaleiros.
Atualmente, a Transpetro coordena mais de 25 navios próprios, além de oito que são alugados. Os planos é que, nos próximos cinco anos, a empresa dobre a frota, com opções que sejam construídas em solo nacional.
“Evidentemente, quando se fala de logística, estamos falando de terminais e dutos. São investimentos caríssimos e isso não é algo que a gente consegue resolver em um ou dois anos”, disse Bacci.
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