Petrobras (PETR4): S&P dá nota "moderadamente negativa" em governança

A agência de classificação de risco, por outro lado, reafirmou o rating da companhia em BB, com perspectiva estável

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Publicado em 12/01/2024 às 19:40h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 12/01/2024 às 19:40h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Bandeira da Petrobras (Shutterstock)

A S&P Global Ratings reafirmou as notas de crédito da Petrobras (PETR4) nesta sexta-feira (12), em BB na escala global, com perspectiva estável, e AAA na escala nacional. A agência de classificação de risco, no entanto, atribuiu uma avaliação "moderadamente negativa" no quesito administração e governança para a companhia. 

🚨 Segundo a S&P, a nova avaliação "moderadamente negativa" no quesito de administração e governança da Petrobras "incorpora certos pontos fracos que pesam em sua qualidade de crédito" e geram dúvidas sobre a "a eficácia e a capacidade" do conselho da empresa de proteger os interesses de todos os seus stakeholders, como os seus acionistas.

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🗨️ "Tais preocupações incluem os riscos de uma potencial interferência do governo na política de preços de combustíveis da Petrobras, o que poderia prejudicar sua rentabilidade e fluxo de caixa, como ocorreu no passado. Existe também um histórico de altos índices de rotatividade no conselho da companhia, resultando também em saídas de executivos", detalhou a S&P.

Com isso, contudo, a S&P também revisou o seu modificador de análise de ratings comparáveis de negativo para neutro. "O modificador anterior negativo refletia o histórico ainda limitado de rentabilidade sólida e baixa alavancagem da Petrobras sob diversas administrações, dados os riscos de governança resultantes das nomeações do acionista controlador (o governo) para a maioria do conselho da empresa", afirmou.

Rating mantido

A nota de crédito da Petrobras, por sua vez, foi mantida em BB na escala global, com perspectiva estável, e AAA na escala nacional. O rating global é igual ao do Brasil, que foi elevado de BB- para BB, com perspectiva estável, em dezembro de 2023, após a aprovação da reforma tributária. 

"Dado o forte vínculo da empresa com o governo, é improvável que a avaliemos acima dos ratings de seu acionista controlador", explicou a S&P. 

A agência de classificação de risco também levou em conta nesta avaliação a "expectativa de que a empresa manterá um índice de dívida sobre EBITDA abaixo de 2,0x nos próximos dois anos, devido a preços do petróleo relativamente estáveis e apesar dos investimentos (capex) mais altos".