Agro é tech, pop e Petrobras (PETR4), que retoma fábricas de fertilizantes
Unigel encerra contratos de arrendamento das fábricas com a estatal e se prepara para a devolução das unidades produtivas
A Petrobras (PETR4) trabalha para obter a autorização do Ibama para perfurar um poço exploratório na Foz do Amazonas. Contudo, já mira a perfuração de outros sete poços na região.
⛽ Em entrevista ao "Valor Econômico", a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que "ninguém explora uma região para furar um poço só".
Ela explicou que a companhia espera coletar "informações relevantes" na primeira perfuração para, assim, poder calibrar seus equipamentos para enfrentar os outros poços.
"É uma área que exige esforço diferente pelas características geológicas", explicou.
Magda disse ainda que nem sempre é possível confirmar a existência de petróleo na primeira perfuração.
Na Bacia de Campos do pré-sal, por exemplo, foi preciso perfurar nove poços para encontrar petróleo.
"O temos programado na bacia da Foz do Amazonas são oito poços. Um mais sete. Esse primeiro a Petrobras resolveu fazer antes dos demais, mas temos um processo de licenciamento em curso", afirmou, dizendo que os outros sete poços podem ser licenciados de forma conjunta.
Leia também: BB, Nubank e Petrobras têm algumas das executivas mais poderosas do mundo
Atualmente, a Petrobras aguarda o aval do Ibama para realizar a perfuração exploratória do Bloco FZA-M-59, também conhecido como Morpho.
Após meses de análise, o processo avançou na última segunda-feira (19), quando o Ibama aprovou o plano de proteção e atendimento à fauna apresentado pela estatal para a região.
🔎 O Ibama, contudo, ainda quer ver o plano sendo posto em prática antes de decidir sobre o licenciamento ambiental da região.
Por isso, o órgão deve se reunir nos próximos dias com a estatal para definir uma data para a realização de vistorias e simulações, ou seja, da Avaliação Pré-Operacional.
"Essas simulações testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo, incluindo a eficiência dos equipamentos, a agilidade na resposta, o cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos e a comunicação com autoridades e partes interessadas", explicou o Ibama.
A avaliação deve ser realizada depois que a sonda que será usada na atividade chegar ao local, o que deve ocorrer até o final de junho.
Na entrevista ao "Valor Econômico", Magda Chambriard demonstrou confiança na obtenção do licenciamento ambiental, já que a Petrobras diz ter construído "o maior plano de emergência individual já visto para águas profundas e ultraprofundas" na região.
🗺️ A executiva ainda respondeu às preocupações de ambientalistas dizendo que a companhia mira uma área que fica a 540 quilômetros da ilha do Marajó, na foz do rio Amazonas.
"É duas vezes a distância do pré-sal para a praia de Copacabana. E se a gente confia na Petrobras para perfurar no pré-sal, em frente à Angra dos Reis, à praia de Copacabana, por que não confiar para perfurar no Amapá?", declarou.
Magda também defendeu a exploração de petróleo em outros locais, como a África, dizendo que "não existe futuro para uma empresa de petróleo sem exploração" e lembrando que a produção de petróleo da Petrobras pode declinar a partir de 2033.
Unigel encerra contratos de arrendamento das fábricas com a estatal e se prepara para a devolução das unidades produtivas
Segundo fontes, o navio-sonda que será usado na operação deve estar pronto para partir até o fim de maio.