Petrobras (PETR4) paga R$ 131,7 bilhões aos cofres públicos no 1º semestre
Nos recolhimentos estaduais, a companhia pagou R$ 53,6 bilhões.
🚨 A Petrobras (PETR4) estuda elevar a capacidade de produção de sua maior unidade em operação, o FPSO Almirante Tamandaré, localizado no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.
Segundo a diretora-executiva de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, a companhia considera aumentar a produção dos atuais 225 mil barris por dia para 250 mil barris por dia, em função da alta produtividade do campo.
A unidade, que iniciou operações em fevereiro de 2025, atingiu sua capacidade máxima três meses antes do previsto, consolidando-se como um dos principais ativos da companhia.
O Campo de Búzios, que já desponta como o mais promissor do país, deve ultrapassar Tupi e se tornar o maior produtor de petróleo do Brasil nos próximos anos.
O movimento ocorre em um momento em que os preços internacionais do petróleo estão em patamares mais baixos. A estratégia da Petrobras, segundo Sylvia dos Anjos, é “fazer mais com menos”, aumentando a eficiência e aproveitando a folga operacional dos ativos já instalados.
“Estamos trabalhando para ampliar a produção não apenas no Almirante Tamandaré, mas também em outras plataformas estratégicas”, afirmou a diretora durante evento do setor naval no Centro Cultural da FGV.
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Além do Almirante Tamandaré, a companhia avalia expandir a produção do FPSO Duque de Caxias, em operação no campo de Mero, também no pré-sal da Bacia de Santos. O navio-plataforma, afretado junto à Modec, já está no centro de análises para ganho de eficiência.
Executivos da estatal, como Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, e Wagner Victer, gerente de Programas Estratégicos, destacaram que projetos dessa magnitude são elaborados para contar com margens de capacidade operacional.
“A SBM, afretadora do Almirante Tamandaré, já trabalha com a possibilidade de ampliar a capacidade para até 270 mil barris por dia. Sempre existem folgas que permitem dar essa alavancada”, explicou Baruzzi.
Apesar da ambição, a expansão depende de autorização do Ibama e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de ajustes contratuais com a SBM Offshore, responsável pelo afretamento da plataforma.
“Sim, está pronto. É só ter licença do Ibama e ajustar o contrato com a SBM. Há espaço para isso”, reforçou Baruzzi.
Sylvia dos Anjos, no entanto, mostrou cautela. “270 mil é meio exagerado, mas 250 achamos que dá. Trabalhamos para ampliar nessa, mas também em Duque de Caxias”, afirmou.
A executiva ainda mencionou que uma terceira unidade também está em avaliação para aumento de produção, sem, contudo, revelar qual ativo se trata.
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O pré-sal é responsável por cerca de 75% da produção nacional de petróleo, e os campos da Bacia de Santos têm se mostrado cruciais para a meta da Petrobras de manter altos níveis de produção nos próximos anos.
📊 O Campo de Búzios, em especial, é visto como o grande motor de crescimento da companhia, com potencial para sustentar os dividendos da estatal e reforçar o caixa em meio às oscilações do preço internacional do petróleo.
Nos recolhimentos estaduais, a companhia pagou R$ 53,6 bilhões.
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