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A Petrobras (PETR4) negou nesta quinta-feira (26) a instalação de uma fábrica de fertilizantes na Bolívia, em parceria com a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos). A possibilidade foi aventada pela estatal boliviana.
Em comunicado, a Petrobras disse que uma missão de executivos da companhia esteve na Bolívia e, na ocasião, ouviu “oportunidades” de representantes da YPFB. Contudo, afirmou que “nenhuma destas oportunidades foi analisada pela Petrobras”.
A petroleira brasileira concluiu, então, que não há “qualquer encaminhamento entre as empresas para instalação de uma fábrica de fertilizantes na Bolívia”.
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A possibilidade, no entanto, foi anunciada pela YPFB em nota de imprensa publicada na quarta-feira (24). A nota diz que “Brasil e Bolívia preveem um investimento conjunto” para a construção de uma fábrica de amônia e ureia na cidade de Puerto Quijarro, cidade localizada na fronteira entre os dois países.
Segundo a YPFB, a fábrica custaria US$ 2,5 bilhões e teria uma capacidade de produção de 4,2 mil toneladas de amônia e ureia. O vice-presidente nacional de operações da YPFB, Luciano Montellano Abasto, chegou a dizer em nota que o investimento era massivo, mas que, através de uma parceria, ambas as partes poderiam contribuir com os recursos.
“Na reunião (binacional), a Petrobras foi apresentada aos detalhes gerais do projeto: localização, escopo e capacidade de produção. Foi manifestada a abertura que a YPFB tem em uma associação para um investimento conjunto, em virtude da qual a Petrobras manifestou seu interesse nesse sentido”, afirmou Luciano Montellano Abasto.
A Petrobras, por outro lado, afirmou que “eventuais decisões de investimentos deverão, dentro da governança estabelecida na Petrobras, passar pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada”.
O fornecimento e a produção de fertilizantes é um tema crítico para o Brasil. O insumo é essencial para o agronegócio, um dos motores da economia brasileira, mas é quase que inteiramente importado de outros países, como a Rússia. Com a guerra na Ucrânia, portanto, a oferta diminuiu e o preço dos fertilizantes subiu. Por isso, o país tem estudado fontes alternativas de produção, inclusive nacionais.
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