Petrobras (PETR4) quer gerar até 100 mil empregos até 2029 com novos investimentos
Os recursos serão aplicados até 2029 em projetos nas áreas de refino, petroquímica, logística de gás natural e energia.
O mercado está revendo a projeção de dividendos da Petrobras (PETR4) para 2025, diante da notícia de que a estatal deve reduzir os investimentos previstos para o próximo ano.
💰 O Santander, por exemplo, diz que a mudança seria bem-vinda, pois poderia "desbloquear dividendos extraordinários adicionais para 2025, em um período em que o governo federal continua buscando soluções para sua questão fiscal".
O Itaú BBA também avaliou o possível ajuste na programação de investimentos como positivo para os dividendos de curto prazo. Por isso, elevou a projeção para o DY (Dividend Yield) da Petrobras de 11,9% para 12,7% em 2025.
O Itaú BBA ressaltou, no entanto, que o DY poderia chegar a 14,6% caso a estatal volte a liberar dividendos extraordinários no próximo ano.
✂️ A possibilidade de novos dividendos extraordinários veio à tona depois que a "Reuters" publicou que a Petrobras deve cortar a previsão de investimentos do próximo ano dos atuais US$ 21 bilhões para cerca de US$ 17 bilhões.
A avaliação de fontes ouvidas pela agência é de que o valor, definido pela gestão anterior da Petrobras, era "muito distante da realidade" e "não seria alcançado". A projeção final, no entanto, só será divulgada junto com o Plano Estratégico 2025-2029, previsto para novembro.
Na avaliação do Santander, é razoável esperar que os investimentos da Petrobras fiquem próximos de US$ 17 bilhões em 2025. Afinal, a companhia pretende investir até R$ 14,5 bilhões neste ano e o banco calcula que a estatal só consegue ampliar o seu capex entre 20% e 30% a cada ano.
Diante do atraso de planos como a exploração da Margem Equatorial, a Petrobras também reduziu a projeção de investimentos deste ano. A estatal havia estimado inicialmente US$ 18,5 bilhões de capex para 2024, mas reduziu essa previsão para a faixa de US$ 13,5 bilhões a US$ 14,5 bilhões em agosto.
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Vale lembrar, no entanto, que a Petrobras também avalia mudanças na sua política de dividendos extraordinários.
O diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Fernando Melgarejo, disse na segunda-feira (14) que essa política está sendo revista, junto com o caixa mínimo de referência da estatal, atualmente estabelecido em US$ 8 bilhões.
🗣️ "Estamos trabalhando para definir um caixa mínimo que garanta a sustentabilidade das operações da Petrobras. O que for excedente, e mantiver a empresa em equilíbrio, será considerado para distribuição como dividendo extraordinário", afirmou.
Para o Santander, o caixa mínimo da Petrobras é menor que a atual referência de US$ 8 bilhões. O banco espera, então, que a estatal esclareça essa questão no seu próximo plano estratégico, dando mais clareza aos investidores sobre a sua capacidade de continuar pagando dividendos extraordinários em 2025.
O banco ainda considera a possibilidade de a Petrobras aumentar o seu teto de dívida bruta, que hoje é de US$ 65 bilhões, de forma a ter mais flexibilidade na administração da sua estrutura de capital. Segundo o Santander, Melgarejo já indicou que a companhia não vai necessariamente tomar mais dívidas por causa de um eventual ajuste dessa métrica.
Os recursos serão aplicados até 2029 em projetos nas áreas de refino, petroquímica, logística de gás natural e energia.
A ampliação da unidade da Braskem em Duque de Caxias também se destaca, com aporte de R$ 4,3 bilhões.