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Petrobras (PETR4) confirmou nesta segunda-feira (29) que a produção na plataforma P-69, localizada no estratégico campo de Tupi, na Bacia de Santos, foi temporariamente interrompida.
Segundo a estatal, a parada deveu-se a um "procedimento de rotina de segurança". A unidade é uma das gigantes do pré-sal, tendo registrado uma média de 106 mil barris de petróleo por dia em outubro.
O incidente ocorre em um momento de tensão, em meio à greve dos petroleiros iniciada no dia 15 de dezembro.
Apesar da interrupção, a Petrobras garantiu que a operação foi retomada em poucas horas e que o processo de normalização já está em curso. A empresa reiterou que o abastecimento ao mercado não foi afetado.
Divergência sobre as causas da paralisação
O anúncio gerou versões opostas entre a companhia e os representantes dos trabalhadores.
O Sindipetro Litoral Paulista (Sindipetro-LP), filiado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), afirmou categoricamente que a interrupção na P-69 foi resultado direto das paralisações da categoria.
Por outro lado, a Petrobras sustenta que a greve não trouxe impactos à produção e que equipes de contingência foram mobilizadas para garantir a continuidade das atividades onde necessário.
A estatal não forneceu detalhes técnicos adicionais sobre qual teria sido o gatilho de segurança que levou à parada da unidade.
O cenário da greve e os sindicatos dissidentes
Embora a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa a maioria dos sindicatos, tenha indicado a aceitação da proposta da empresa e sinalizado o fim do movimento na semana passada, o clima ainda não é de total normalidade.
📊 Quatro sindicatos filiados à FNP, incluindo o Sindipetro-LP, decidiram manter as paralisações, desafiando a orientação majoritária. Esse racha entre as federações mantém o estado de alerta nas unidades operacionais da petroleira.