Petrobras (PETR4): Ibama adia decisão sobre simulado na Foz do Amazonas

Órgão propôs uma reunião de preparação para o simulado no próximo dia 12 de agosto.

Author
Publicado em 28/07/2025 às 15:57h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 28/07/2025 às 15:57h Atualizado 7 horas atrás por Marina Barbosa
Petrobras quer perfurar poço exploratório na bacia da foz do Amazonas (Imagem: Ibama/Divulgação)

A Petrobras (PETR4) só deve saber em agosto quando poderá avançar com as últimas etapas do processo de licenciamento ambiental da Foz do Amazonas.

A estatal precisa realizar um simulado de emergência para mostrar ao Ibama que seu plano de proteção e atendimento à fauna permite uma resposta rápida e eficiente em casos de acidentes com derramamento de óleo.

🗓️ O objetivo da Petrobras era realizar o simulado no último dia 14 de julho. Contudo, a data não foi confirmada pela Ibama. E, agora, o órgão propôs a realização de uma reunião preparatória para o simulado no próximo dia 12 de agosto.

Em ofício enviado na última quarta-feira (23), o Ibama afirmou que a reunião visa dar andamento ao planejamento da chamada APO (Avaliação Pré-Operacional). A ideia é que o órgão detalhe os pontos que serão analisados no simulado e que a estatal apresente algumas propostas de cenário para a execução da atividade.

A Petrobras chegou a pedir a antecipação da reunião em oito dias, para que a avaliação pré-operacional pudesse ser realizada ainda na primeira quinzena de agosto. Contudo, o Ibama descartou essa possibilidade e reforçou a data de 12 de agosto para a reunião, alegando que "já há inúmeras atividades preparatórias em curso para realização da APO".

Leia também: Petrobras (PETR4) reduz em 14% preço do gás natural para distribuidoras

FUP critica Ibama

Diante do impasse, a FUP (Federação Única de Petroleiros) publicou uma nota criticando o posicionamento do Ibama nesta segunda-feira (28).

A FUP afirmou que "não vê justificativa técnica, por parte do Ibama, para postergar para 12 de agosto reunião sobre planejamento da Avaliação Pré-Operacional". E questionou o "por que da protelação".

💲 O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse ainda que o Ibama está retardando o processo de licenciamento e impondo custos adicionais superiores a R$ 4 milhões por dia com o aluguel da sonda de perfuração, já que o equipamento está parado no litoral do Pará aguardando a autorização do órgão para a realização do simulado.

"O Ibama é um órgão importante, com corpo técnico sério e competente. Mas, ao agir dessa maneira, não está contribuindo para o desenvolvimento do país. Está procrastinando a geração de renda e riqueza para o Brasil", declarou Bacelar, lembrando que a Margem Equatorial já vem sendo explorada na Guiana e Suriname.

Em nota, o Ibama disse que "continua empenhado em contribuir para o eficiente andamento do processo de licenciamento ambiental, sempre balizado pelo rigor técnico e processual necessário, sobretudo para uma região com as características ambientais da bacia da Foz do Amazonas".

Licenciamento

O simulado é a última etapa do processo de licenciamento ambiental da Foz do Amazonas. Por isso, se correr bem, pode garantir à Petrobras a autorização do Ibama para a perfuração de um poço de exploração de petróleo no local.

Com a perfuração, a Petrobras pretende confirmar a existência de petróleo na Margem Equatorial para poder planejar a exploração do local, que é visto como um "novo pré-sal".