Petrobras (PETR4) quer participar de “negócio lucrativo” de gás de cozinha, diz CEO
A afirmação foi feita pela presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta segunda-feira (18), em entrevista à agência Eixos.
🚨 A Petrobras (PETR4) estuda retomar sua atuação no mercado de etanol, mas, segundo fontes internas, as avaliações preliminares da companhia indicam maior inclinação para o etanol de milho em detrimento do etanol de cana-de-açúcar, rota tradicional no Brasil.
A escolha, caso confirmada, pode deixar de fora possíveis negociações com a Raízen (RAIZ4), líder nacional na produção a partir da cana.
De acordo com três pessoas ligadas à empresa, o etanol de milho tem se mostrado mais competitivo nos últimos anos, com custos de produção em queda, expansão das lavouras e aumento expressivo da oferta em regiões antes deficitárias, como o Norte e Nordeste.
Em 2024, a produção nacional de etanol de milho cresceu mais de 30%, enquanto a fabricação a partir da cana permaneceu praticamente estagnada, devido à concorrência do açúcar pela mesma matéria-prima.
“O custo do etanol de milho baixou muito, tem mais capilaridade e entra no Norte e Nordeste”, afirmou uma das fontes, citando o crescimento do cultivo no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Na noite desta segunda-feira (18), a Petrobras negou ter qualquer estudo ou projeto relacionado à Raízen, seja no setor de etanol ou de distribuição.
A empresa reforçou que decisões sobre investimentos seguem análises criteriosas, estudos técnicos e governança corporativa, sempre em conformidade com seus procedimentos internos.
Durante o pregão, as ações da Raízen, que vinham em queda de 16% na semana anterior, chegaram a subir mais de 10%, impulsionadas por especulações de que a companhia estaria no radar da Petrobras.
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Além do custo competitivo, executivos próximos à Petrobras apontam que o milho oferece maior estabilidade de oferta, já que não disputa espaço com o açúcar, que tende a atrair produtores quando os preços internacionais estão em alta.
Outro atrativo é o horizonte de expansão da fronteira agrícola do cereal, especialmente em estados do Centro-Oeste e do Matopiba, consolidando o milho como alternativa viável para abastecer novas plantas de etanol e atender ao crescimento da mistura obrigatória na gasolina, que deve avançar para 30% nos próximos anos.
Segundo pessoas ligadas à empresa, a Petrobras avalia ingressar no setor por meio de participações minoritárias em ativos já existentes, a exemplo do que ocorreu em investimentos anteriores.
Apesar do interesse crescente, as mesmas fontes ponderam que as discussões ainda estão em estágio inicial:
📊 “A volta ao mercado de etanol é certa, mas não tem nada com ninguém. Agora, vir com essa de que tem algo para este ano… Com a agilidade da Petrobras, pode esperar que ainda demora”, disse uma delas.
A afirmação foi feita pela presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta segunda-feira (18), em entrevista à agência Eixos.
A companhia considera aumentar a produção dos atuais 225 mil barris por dia para 250 mil barris por dia, em função da alta produtividade do campo.