Petrobras (PETR4) recupera valor de mercado pré-crise dos dividendos
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
📊 Durante a teleconferência de resultados realizada nesta terça-feira (14), executivos da Petrobras (PETR4) abordaram diversas questões atuais, com ênfase na possível aquisição da Braskem (BRKM5).
A Novonor (anteriormente conhecida como Odebrecht) tem procurado vender sua participação majoritária na petroquímica há algum tempo, um movimento que tem atraído considerável atenção do mercado.
Sergio Caetano Leite, CFO da Petrobras, esclareceu que a aquisição total da Braskem "não seria o ideal para a Petrobras".
Ele destacou que uma compra integral só seria considerada em uma "situação extrema", e que a empresa está mais interessada em utilizar a Braskem como uma plataforma para internacionalização do setor de downstream.
Leite enfatizou a importância de não deixar o ativo se deteriorar em tal cenário, mencionando que a janela de endividamento da Petrobras continua entre US$ 50 e US$ 65 bilhões.
🗣️ O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, havia indicado anteriormente em uma entrevista que a estatal poderia comprar a participação da construtora e depois buscar um sócio para o ativo.
Isso vem após desafios enfrentados pela Novonor na venda de sua fatia, incluindo o recuo do grupo de Abu Dhabi Adnoc, que havia feito uma oferta não vinculante de R$ 10,5 bilhões em novembro, mas posteriormente desistiu das negociações.
Atualmente, a Petrobras possui cerca de 47% da Braskem, com a opção de exercer o direito de tag along (vender sua participação conjuntamente com a Novonor) ou de cobrir qualquer oferta recebida.
Novonor detém 50,1% da empresa. Leite também comentou sobre a possibilidade de elevação da participação da Petrobras para 49% ou 50%, o que, segundo ele, teria um impacto "inexpressivo" na dívida da companhia, considerando sua já significativa participação atual.
O CFO finalizou mencionando que qualquer operação relacionada à Braskem estaria alinhada com o plano de investimentos da Petrobras, que prevê US$ 102 bilhões em investimentos entre 2024 e 2028, sublinhando a estratégia de longo prazo da estatal no manejo de seus ativos e investimentos.
Após 42 dias de incertezas, a possibilidade de distribuição do provento impulsionou as ações da estatal na B3.
Se ingressarem nos cofres do governo, os recursos contribuirão para compensar frustrações de receitas.