Petrobras (PETR4) lucra R$ 35,2 bilhões no 1T25; alta de 48,6%
O resultado superou as expectativas de parte dos analistas, que viam riscos ligados ao nível de investimentos da companhia.
A Petrobras (PETR4) deve "apertar os cintos" para poder continuar entregando bons resultados diante da recente queda dos preços internacionais do petróleo.
O aviso foi dado pela presidente da companhia, Magda Chambriard, na apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, nesta terça-feira (13).
🗣️ "Quando o preço (do petróleo) desce, é hora de apertar os cintos", declarou.
Magda Chambriard lembrou que o barril do tipo Brent, que chegou a ser negociado acima dos US$ 80 no início do ano, agora é vendido por cerca de US$ 65.
Ela disse, então, que o cenário é "desafiador", já que os resultados da companhia são afetados pelos preços internacionais do petróleo. E, por isso, exige "austeridade e controle geral de custos".
⛽ "Esse cenário desafiador de US$ 65 o barril exige de nós simplificação de projetos, garantia de boas margens de comercialização de produtos, significativa redução de custos e muita cooperação entre as diversas áreas da companhia em prol dos melhores resultados possíveis para o nosso negócio", afirmou.
Segundo ela, o objetivo da Petrobras é continuar explorando, produzindo e comercializando petróleo e derivados com a melhor margem de lucro possível, mas também buscar "disciplina de capital" e a "maior redução de custos possível".
Magda garantiu ainda que não haverá "gastança" na companhia e, diante disso, disse que os investidores da Petrobras podiam ficar "tranquilos".
Diante desse cenário, a Petrobras deve até revisar o Plano de Negócios 2026/2030 para incorporar esses "austeros desafios impostos pela queda dos preços".
"Vamos fazer isso com medidas de preservação de caixa, redução de custos e disciplina de capital. Isso é parte dos nossos valores e do nosso compromisso com o Brasil e com nossos investidores, sejam eles governamentais ou privados", antecipou Magda.
📊 O objetivo, segundo ela, é ter gastos "em níveis adequados" a este patamar de preços, mas continuar investindo, sobretudo em projetos mais rentáveis, para seguir "gerando empregos, pagando tributos, movimentando a economia e ganhando dinheiro para nossos investidores".
A Petrobras pretende, por exemplo, perfurar 50 poços exploratórios nos próximos anos. Afinal, a avaliação de Magda Chambriard é de que "uma companhia de petróleo não tem futuro sem exploração".
Ela destacou o potencial do Pré-Sal e da Bacia de Pelotas. Além disso, voltou a defender a exploração da Margem Equatorial.
A companhia ainda vem investindo em novos produtos, sobretudo voltados ao mercado de baixo carbono, lembrou Magda, em teleconferência com analistas.
O resultado superou as expectativas de parte dos analistas, que viam riscos ligados ao nível de investimentos da companhia.
O valor equivale a R$ 0,91 por ação, divididos em duas parcelas a serem pagas em agosto e setembro deste ano.