Petrobras (PETR4) paga dividendos adicionais nesta 3ª; veja quem recebe
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Em relatório divulgado nesta terça-feira (20), o BTG Pactual informou um corte nas suas expectativas para as ações da Petrobras (PETR4). O banco de investimentos reduziu o preço-alvo para os papéis em R$ 14.
🛢 Os analistas do banco entendem que, neste momento, a maior expectativa para a petrolífera é de R$ 44. Em documentos anteriores, o valor fixado era de R$ 58.
Mesmo com o corte, o BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para o ticker, visando um potencial de valorização de 37%. Nesta terça, a empresa era negociada um pouco acima dos R$ 34, de acordo com a B3.
A revisão do banco se dá em um momento em que as ações da Petrobras passam por um período de correção. Tudo começou no início deste ano, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu aplicar fortes tarifas sobre produtos estrangeiros que chegam ao país.
A decisão impactou os mercados globais, influenciando, por exemplo, no preço das commodities no mercado. O BTG, portanto, incorporou o preço do petróleo que tem expectativa de fechar o ano em US$ 65 por barril.
Como alternativa, eles ainda pontuam que a PRIO pode ser mais atrativa neste momento. Mesmo assim, a PETR4 continua sendo a referência no setor, de acordo com a análise setorial, tendo peso de 10% na carteira de maio.
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“Continuamos vendo a Petrobras como uma operadora de alta qualidade, mas com um potencial de valorização mais contido no curto prazo”, pontuam. “A empresa pode não ser mais o destaque óbvio de antes, mas continua atrativa. A combinação de ativos de base sólidos, competitividade em custos e um dividend yield razoável ainda oferece valor dentro do setor de produção na América Latina”, completam.
Já para os dividendos, o banco destaca que o payout deve ser de 12% em 2025 e de 14% em 2026. Apesar disso, admite a possibilidade de dividendos extraordinários, mas entende que o espaço agora é menor.
“Com o petróleo mais baixo e maior intensidade de capex, por conta da estratégia de adoção de FPSOs (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo e Gás, em português) próprios (em vez de leasing), a margem para distribuições agora é mais estreita”, dizem os analistas. “Embora a mudança para FPSOs próprios possa reduzir custos no longo prazo, ela exige maiores desembolsos iniciais de capital — justamente em um momento de pressão sobre os preços do petróleo”, concluem.
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