Petrobras e Ecopetrol: Justiça da Colômbia manda suspender perfuração de poço

Segundo a decisão, companhias não consultaram uma comunidade indígena local sobre poço de gás natural situado em águas caribenhas.

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Publicado em 13/09/2024 às 18:56h - Atualizado 5 dias atrás Publicado em 13/09/2024 às 18:56h Atualizado 5 dias atrás por Marina Barbosa
Petrobras busca na Colômbia novas fontes de petróleo e gás (Imagem: Shutterstock)

A Justiça da Colômbia determinou a suspensão das atividades do poço de gás natural Uchuva-2, que é operado pela colombiana Ecopetrol (E1CO34) em parceria com a Petrobras (PETR4).

⚖️ De acordo com a "Reuters", a ordem judicial alega que as companhias não consultaram uma comunidade indígena local antes de perfurar o poço, que fica em águas caribenhas, a 31 quilômetros da costa colombiana.

A Ecopetrol e a Petrobras deram início à perfuração do poço Uchuva-2 em junho. Dois meses depois, confirmaram a descoberta de gás natural no reservatório.

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Em 5 de agosto, a companhia brasileira disse que daria "continuidade às operações para concluir o projeto de perfuração do poço". A expectativa era de que um teste de formação fosse realizado ainda em 2024.

Na ocasião, a Petrobras disse ainda que a operação na Colômbia estava alinhada à "estratégia de longo prazo da companhia, visando à recomposição das reservas de petróleo e gás por meio de exploração de novas fronteiras e atuação em parceria, assegurando o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética".

A companhia também opera o poço Uchuva-1 em parceria com a Ecopetrol na Colômbia. Ambos ficam no Bloco Tayrona, no Mar do Caribe.

Petrobras e Ecopetrol não se pronunciaram sobre a decisão da justiça colombiana sobre Uchuva-2 até a publicação desta reportagem.