Pedido de falência: Construtora listada na B3 explica requerimento feito em 2025

Não é a primeira vez que a empresa de capital aberto é alvo de pedidos de falência envolvendo litígios de imóveis com pessoas físicas

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Publicado em 23/04/2025 às 16:16h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 23/04/2025 às 16:16h Atualizado 3 minutos atrás por Lucas Simões
Caso envolve construtora com ações negociadas em bolsa de valores. (Imagem: Shutterstock)

⚖️ A Gafisa (GFSA3), construtora com ações listadas na B3, precisou vir a público nesta quarta-feira (23) se está sabendo sobre um pedido de falência contra a construtora que tem ações negociadas na B3, após informações publicadas no jornal Valor Econômico darem conta sobre um requerimento movido por Mariana Yukie Miyazaki contra a Gafisa na Justiça de São Paulo.

Daí a companhia precisou responder ao ofício encaminhado pela própria B3 para explicar a sua situação, oportunidade em que afirma não ter sido citada até o momento sobre o pedido de falência. Conforme a Gafisa, o requerimento feito pela autora é recente no judiciário.

E não é a primeira vez que a Gafisa precisa prestar contas sobre pedidos de falência requeridos por pessoas físicas, uma vez que o Investidor10 já noticiou em agosto de 2024 um caso semelhante, formulado por Rosa Maria Aragão Santos e Paulo Joaquim Filho.

Já nesse episódio, em 2025, a Gafisa explica que tem litígio com a requerente em outro processo judicial, no valor de R$ 180 mil, tendo por objeto a rescisão de um contrato de aquisição de uma unidade de empreendimento entregue há alguns anos.

"A companhia oportunamente exercerá seu legítimo direito de defesa, especialmente no sentido de insurgir-se contra o incabível pedido de falência como manobra de substituição do processo de cobrança, e que entende desrespeitar de maneira categórica a própria legislação de falências", afirma Carmelo Leta, diretor de relações com investidores da Gafisa, no documento.

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Volatilidade nas ações da Gafisa (GFSA3)

Por volta das 16h (horário de Brasília), as ações da construtora caíam −1,7% e eram negociadas por R$ 1,71 cada. Todavia, no acumulado do ano, GFSA3 soma valorização de +47,4%.

Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em GFSA3 há dez anos, hoje você teria R$ 5,30, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 2.380,70 nas mesmas condições.