Petrobras (PETR4) descarta Raízen (RAIZ4) e deve focar no etanol de milho
Na noite desta segunda-feira (18), a Petrobras negou ter qualquer estudo ou projeto relacionado à Raízen, seja no setor de etanol ou de distribuição.
Um parecer técnico do TCU (Tribunal de Contas da União) definiu como “antieconômico” um contrato firmado pela Petrobras (PETR4) com a Petroquigel.
Segundo a área técnica do órgão, os prejuízos para a estatal somariam mais de R$ 487 milhões em oito meses. Por isso, conforme informou a Folha de SP, o TCU pediu a suspensão do acordo, em uma ação que deve ser definida pelo relator, o ministro Benjamin Zymler.
O documento em questão foi assinado no fim do ano passado, definindo que a Petrobras forneceria o gás e receberia fertilizantes. Uma análise preliminar teria apontado falhas nas justificativas para o negócio.
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Os auditores do TCU deram o prazo de 15 dias para que a Petrobras também se manifeste sobre a ação.
Essa não é a primeira vez que o TCU pede a interrupção deste contrato. Anteriormente, o TCU já havia reportado as irregularidades, mas o relator pontuou que precisava conduzir oitivas com as duas empresas envolvidas.
Procurada pela Folha, a Petrobras informou que tem atuado de forma proativa, tendo informado o TCU sobre todas as minúcias do acordo.
“A companhia continua esclarecendo tempestivamente todas as informações solicitadas pelo TCU em relação ao contrato de tolling dentro dos prazos solicitados, guardando o teor de confidencialidade adequado ao processo. Por fim, ressaltamos que não houve qualquer tipo de condenação por parte do TCU”, afirmou.
Na noite desta segunda-feira (18), a Petrobras negou ter qualquer estudo ou projeto relacionado à Raízen, seja no setor de etanol ou de distribuição.
A afirmação foi feita pela presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta segunda-feira (18), em entrevista à agência Eixos.