Pão de Açúcar é alvo da Anvisa por venda de produto irregular

Varejista já tirou molho de alho das prateleiras e diz que consumidores podem pedir reembolso

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Publicado em 07/07/2025 às 16:12h - Atualizado 14 horas atrás Publicado em 07/07/2025 às 16:12h Atualizado 14 horas atrás por Wesley Santana
Rede varejista é uma das maiores do país, com unidades espalhadas por vários estados (Imagem: Shutterstock)

Nesta segunda-feira (7), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu uma ordem com destino ao Pão de Açúcar (PCAR3). A entidade proibiu a venda de todos os lotes de azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos, além de suspender a venda de molho de alho da Qualitá, marca própria da companhia.

Segundo a Anvisa, a empresa que importa o azeite ao Brasil, a Intralogística Distribuidora, está com o cadastro suspenso na Receita Federal. A suspensão também está pautada em análises laboratoriais que identificaram informações em desacordo no rótulo.

Sobre o molho de alho, a agência declarou que foi identificado 20,4 mg/kg de dióxido de enxofre no lote de número 28, que tem prazo de validade para 2026. Esse é um químico que não tem permissão para ser incluído neste tipo de produto.

Por meio de nota, o GPA disse que já solicitou o recolhimento do lote e que acionou a Sakura, fabricante do lote, para apurar o ocorrido. A varejista também informou que está à disposição dos clientes que já compraram o item para eventuais trocas ou para ressarcir o valor pago.

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"Vale ressaltar que a marca cumpre integralmente a legislação que rege a produção e oferta de alimentos e possui um rigoroso processo de controle e garantia de qualidade de seus produtos, além de um robusto programa de qualificação de fornecedores", afirma.

A Anvisa tem apertado as regras para diversos setores, na tentativa de combater os problemas que ocorrem na cadeia de produção brasileira. Recentemente, o organismo proibiu que diversos produtos das marcas Oficial, Melissa e Pingo Preto por apresentarem ingredientes impróprios para o consumo.

Os itens identificados como “pó para preparo de bebida sabor café”, popularmente chamado de café fake, estavam contaminados por micotoxinas. As empresas disseram que não se tratava de café, mas uma mistura para o preparo da bebida.

Direito do consumidor

O Código de Defesa do Consumidor garante que, nos casos de um produto apresentar problemas, o cliente tem o direito de ser reembolsado. Ele pode optar, ainda, pode trocar o item por outro do mesmo tipo, caso seja de sua vontade.

Segundo o Procon, isso vale também para os produtos que já foram abertos e até consumidos, desde que estejam dentro do lote em questão. Para isso, basta levar o produto junto do comprovante de compra até a loja onde ele foi adquirido e pedir por uma das duas opções.