OSX (OSXB3) aprova termos de novo plano de recuperação judicial

Empresa apresentou a opção de credores transformarem créditos em ações ou receberem com descontos de até 78%.

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Publicado em 20/03/2024 às 18:11h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 20/03/2024 às 18:11h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
OSX é de Eike Batista (Marcos Oliveira/Agência Senado)

A OSX Brasil (OSXB3), empresa de Eike Batista que opera na indústria naval, aprovou nesta quarta-feira (20) os termos do seu novo plano de recuperação judicial. A companhia deu entrada no processo em janeiro, para reestruturar uma dívida de R$ 7,9 bilhões.

O plano de recuperação judicial da OSX foi aprovado pelo Conselho de Administração da companhia e será apresentado à Justiça do Rio de Janeiro. Depois disso, ainda deve passar pela avaliação dos credores da empresa.

💵 A proposta prevê, entre outras coisas, descontos de até 78% nos créditos, carência de até 84 meses e pagamento em até 50 parcelas semestrais para os credores da empresa. As condições de pagamento dependem do tipo e do valor do crédito.

O plano também prevê, contudo, a possibilidade de reestruturação dos créditos. Os credores podem optar, por exemplo, por receber os respectivos créditos via ações, por meio do aumento de capital da companhia.

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A OSX ainda prevê a captação de novos recursos, como financiamentos, para "recompor o capital de giro necessário para continuidade de suas atividades, pagamento dos custos de reestruturação e desenvolvimento do seu plano de negócios".

Segundo a companhia, "o plano estabelece os termos e condições propostos relativamente às principais medidas que poderão ser adotadas visando à superação da atual situação econômico-financeira do Grupo OSX, à continuidade de suas atividades, à preservação de valor e à promoção de sua função social".

2ª recuperação judicial

🚢 A OSX foi criada em 2007, em meio ao boom do pré-sal. A empresa trabalha com construção e manutenção de equipamentos navais. Contudo, enfrentou desafios operacionais e financeiros e já havia pedido recuperação judicial em 2013, para reestruturar uma dívida de R$ 4,5 bilhões.

O processo foi concluído em 2020. Mas, em janeiro de 2024, a companhia fez um novo pedido de recuperação judicial. Desta vez, para reestruturar uma dívida de R$ 7,9 bilhões.