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Programa de compartilhamento de dados do BC (Banco Central), o Open Finance chegou ao mundo dos investimentos. A ideia é que, ao compartilhar informações sobre as suas aplicações com diferentes instituições financeiras, o usuário tenha acesso a melhores produtos e ofertas.
O Open Finance já permitia o compartilhamento de dados financeiros como serviços bancários, crédito e seguros e, desde a última sexta-feira (29), passou a abranger investimentos como ações, fundos, títulos públicos, debêntures e CDBs (Certificados de Depósito Bancário).
Esta fase do Open Finance foi batizada de Open Investment e permite que os investidores mostrem a sua carteira a diferentes bancos e corretoras, inclusive a instituições em que não tem conta. A única limitação é que as instituições de origem e destino dos dados estejam participando do programa do BC.
A lista de participantes do Open Finance é ampla. Todos os grandes bancos estão no programa, assim como corretoras como XP, Rico e Ágora e bancos digitais como Nubank. Ainda assim, o BC trabalha para incluir mais representantes do mercado de investimentos na plataforma.
“O BC está trabalhando para ampliar esse escopo, tornando obrigatória a participação de instituições que são representativas no segmento de investimentos e que são autorizadas a funcionar pela autarquia”, afirmou o assessor sênior do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Matheus Rauber.
A relação de todos os cadastros está disponível no site do Open Finance Brasil.
O compartilhamento de dados só acontece por vontade do cliente. E, segundo o BC, segue regras rígidas de segurança. A autoridade monetária disse que, depois de solicitada, a operação ainda passa por processos de confirmação e, quando é autorizada, possibilita a transferência de dados apenas entre as duas instituições indicadas pelo usuário.
Por isso, se você quer mostrar sua carteira de investimentos a outro banco ou corretora, é preciso acessar o aplicativo ou o internet banking dessa instituição financeira para autorizar que ela busque suas informações no banco ou corretora que hoje detém seus investimentos.
O objetivo do BC é que as pessoas tenham poder sobre suas informações financeiras e, dessa forma, consigam ofertas melhores no mercado. “Com o Open Investment, as instituições poderão ofertar produtos e serviços relacionados a investimentos que sejam mais adequados aos seus clientes e que facilitem o gerenciamento financeiro”, afirmou Matheus Rauber
Em nota, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) reforçou que “essas informações serão usadas para oferecer ao consumidor melhores ofertas de produtos e serviços personalizados e com melhores custos”.
Desde o primeiro semestre de 2023, as instituições financeiras do Open Finance também eram obrigadas a divulgar as características dos produtos de investimento que comercializam. O objetivo era dar mais transparência ao serviço.
Neste momento, é possível compartilhar informações sobre 11 tipos de investimentos pelo Open Finance:
O Open Finance, contudo, segue em implementação. Por isso, é possível que outros ativos ainda entrem nessa lista. O BC, por sinal, já pretende permitir o compartilhamento de dados sobre câmbio e credenciamento em 2024.
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