Gestora solta a mão da Oi (OIBR3) e reduz participação para 9,8%
A redução da posição ocorre enquanto a companhia ainda atravessa fase crítica de recuperação judicial.
💲 Na última sexta-feira (27), a Oi (OIBR3) anunciou a venda de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), composta por imóveis e torres, para a IHS Brasil.
A transação envolve uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), batizada de “Imóveis e Torres Selecionados”, cuja operação é parte crucial da estratégia para equacionar uma dívida de impressionantes R$ 44,3 bilhões.
A negociação foi formalizada por meio de um contrato de cessão de infraestruturas conhecido como "Credor Take or Pay sem Garantia – Opção I".
Segundo fato relevante, a transferência efetiva de 100% das ações da SPE para a IHS Brasil ainda está condicionada ao cumprimento de requisitos previamente acordados.
O pagamento da operação será realizado com créditos detidos pela IHS contra a Oi, de acordo com os termos do Plano de Recuperação Judicial (RJ) aprovado pelos credores em abril deste ano.
O plano foi homologado em maio pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, e engloba também as subsidiárias Portugal Telecom International Finance BV e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A.
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A venda dos ativos para a IHS Brasil, empresa reconhecida por sua atuação no setor de infraestrutura de telecomunicações, representa um movimento estratégico para a Oi.
Além de otimizar sua estrutura de capital, a companhia busca viabilizar a continuidade de suas operações enquanto trabalha para honrar compromissos com credores e investidores.
Desde o início de sua recuperação judicial, a Oi enfrenta o desafio de reestruturar um passivo financeiro elevado, equilibrando a necessidade de preservar sua competitividade no mercado de telecomunicações com a obrigação de liquidar dívidas acumuladas.
O valor de R$ 44,3 bilhões evidencia a complexidade do processo e a importância de medidas como a alienação de ativos para alívio imediato de caixa.
A transação com a IHS reforça a relevância de parcerias estratégicas no cenário de recuperação de grandes empresas.
📊 Caso as condições precedentes sejam cumpridas, a conclusão do negócio sinaliza um avanço importante para a operadora em seu esforço de reestruturação.
A redução da posição ocorre enquanto a companhia ainda atravessa fase crítica de recuperação judicial.
A proposta da Oi prevê um pagamento total de R$ 199 milhões aos executivos entre 2025 e 2027.