Nova empresa chega à B3 com ações custando menos de R$ 0,20

Por causa de cisão de companhia, acionistas da Vamos terão direito a ações gratuitamente

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Publicado em 10/12/2024 às 07:30h - Atualizado 19 horas atrás Publicado em 10/12/2024 às 07:30h Atualizado 19 horas atrás por Wesley Santana
(Imagem: Shutterstock)

A partir da próxima segunda-feira (16), os investidores poderão apostar em uma ação que deve custar entre R$ 0,15 e R$ 0,20 na B3. Trata-se de uma nova companhia subsidiária da Simpar (SIMH3), criada especificamente para os projetos da holding no segmento de concessionárias automotivas.

🔢 Sob o código AMOB3, a empresa reúne parte do capital social da Vamos, que passou por uma reorganização societária, e da Automob. O valor previsto para as ações vêm do valuation de R$ 5 bilhões registrado no fim da semana passada.

“Esse é um valor de referência para o lançamento. As ações vão entrar em leilão e o mercado vai indicar a cotação que a nova empresa pode ter”, explicou Antonio Barreto, CEO da Automob, ao Valor.

Neste primeiro momento, serão emitidas cerca de 1,2 bilhão de ações ordinárias. Além destas, outras 700 milhões de ações devem ser adicionadas no decorrer do mês, quando ocorre a incorporação da Automob.

Os acionistas da Vamos já têm direito garantido sob os papéis, em uma proporção fixada em 1,151 por cada ação que tiverem no fim do dia 13 de dezembro. Quando concluída toda a operação, a empresa terá representação geográfica em 12 estados com 188 lojas físicas.

O executivo destaca que esse novo modelo de negócio foi pensado olhando para os Estados Unidos. A ideia é um enfoque maior no segmento de usados, o que deve receber investimentos da holding nos próximos meses.

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Ações respondem

Desde que a Vamos (VAMO3) informou ao mercado sua reorganização societária, em outubro, os papéis da companhia apresentam queda. A empresa começou o ano com uma cotação acima de R$ 10, perdeu valor, se recuperou, mas manteve a trajetória de baixa.

Nesta segunda (9), os papéis fecharam cotados em R$ 5,30 em seu menor patamar desde o IPO, em 2021. Desde janeiro, a queda é equivalente a 43%.

Um dos motivos para este resultado é a desconfiança dos investidores sobre a estratégia da companhia. Parte dos analistas destaca que a empresa mantém um nível de alavancagem muito alto, o que tende a piorar com os juros no patamar acima de 11%.

No entanto, a XP acredita que este é um bom negócio para a Simpar que tem a oportunidade de diminuir sua dívida em mais de R$ 1 bilhão. Além disso, conclui um movimento que o mercado em geral já esperava desde que a companhia chegou à bolsa de valores.

“Na operação, os minoritários da Vamos ficam com um novo ativo que foi avaliado a um preço muito caro. A empresa vai precisar captar dívida para realizar essa operação, e esse endividamento parcialmente ficará com os minoritários da Vamos”, afirmou Rafael Costa, da Inter Asset, que corrobora no mesmo sentido.