Neoenergia (NEOE3) dobra lucro e soma R$ 1,6 bilhão no 2T25

Reajustes tarifários nas operações da elétrica na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte ajudam nos resultados.

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Publicado em 22/07/2025 às 19:39h - Atualizado 8 horas atrás Publicado em 22/07/2025 às 19:39h Atualizado 8 horas atrás por Lucas Simões
NEOE3 colhe impacto positivo de R$ 869 milhões em créditos tributários (Imagem: Divulgação)

A Neoenergia (NEOE3) reportou um lucro líquido de R$ 1,63 bilhão no segundo trimestre do ano (2T25), dobrando o saldo obtido há um ano, conforme relatório de resultados publicado nesta terça-feira (22).

Entre os destaques que contribuíram para esse desempenho da companhia elétrica estão os reajustes de parcela B em suas operações na Bahia (Coelba) e no Rio Grande do Norte (Cosern), além da revisão tarifária na Neoenergia Pernambuco. Além disso, a empresa controla a Elektro (EKTR4), que distribui energia no interior de São Paulo e em Mato Grosso do Sul.

A empresa também teve impacto positivo de R$ 869 milhões no 2T25 pelo reconhecimento de créditos tributários, devido à exclusão da atualização financeira do indébito tributário de PIS/COFINS da base de cálculo do IRPJ e CSL.

Já o ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 3,21 bilhões no trimestre, crescimento de 8% na comparação anual. A receita operacional líquida totalizou R$ 12,19 bilhões no 2T25, avanço de 11% na mesma base de comparação.

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NEOE3 eletrifica investimentos

As distribuidoras da Neoenergia encerraram o trimestre com 16,8 milhões de consumidores ativos, incremento de 1,9% ante ao mesmo período de 2024. No 2T25, a companhia contava com a operação de 44 parques eólicos, cinco usinas hidrelétricas e dois parques solares.

Embora as despesas operacionais da empresa tenham subido 5% no trimestre e somado R$ 896 milhões, o indicador ficou abaixo da inflação, o que, nas palavras da empresa, confirma a disciplina de custos, que permite absorver as pressões da maior base de clientes.

Os investimentos (capex) da Neoenergia foram de R$ 2,79 bilhões no 2T25, alta de 21% ante igual período do ano passado. Ao final de junho de 2025, a dívida líquida consolidada da empresa atingiu R$ 44,81 bilhões, cerca de 4% superior ao final de dezembro de 2024, diante de um capex maior. Quase 90% da dívida é contabilizada no longo prazo e cerca de 12% no curto prazo.

Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em NEOE3 há dois anos, hoje você teria R$ 1.138,30, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 1.114,80 nas mesmas condições.