Em comunicado divulgado ao mercado na última terça-feira (3), a Natura&CO (NTCO3) informou que seu acionista fundador, Antônio Luiz da Cunha Seabra, realizou uma doação de parte de suas ações para sua esposa e seus quatro filhos. Com essa operação, a participação de Seabra na companhia foi reduzida de 14,36% para 4,39%.
💰 É importante ressaltar que a doação das ações foi realizada com a reserva do usufruto vitalício de todos os direitos políticos e econômicos inerentes a essas ações. Dessa forma, o Seabra continuará exercendo o controle acionário da Natura&CO e não haverá alterações na estrutura administrativa da companhia.
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Conforme carta aos acionistas anexada ao comunicado, a Sra. Seabra receberá 4,78% das ações doadas, enquanto cada um dos quatro filhos será detentor de 1,20% das ações. Segundo a Natura&CO, o propósito dessa reestruturação societária é facilitar a sucessão familiar na gestão da empresa.
🗣️ “O acionista da companhia Antônio Luiz da Cunha Seabra decidiu doar a nua propriedade de ações ordinárias de emissão da companhia, com reserva de usufruto vitalício da integralidade dos direitos políticos e dos direitos econômicos, tendo como donatários sua esposa Lucia Helena Rios Seabra e seus filhos, Adriana Rauci Seabra, Luis Henrique Raucci Seabra, Luis Fernando Raucci Seabra e Estela Rios Seabra”, detalhou o comunicado.
A NTCO3 apresentou um resultado financeiro negativo no terceiro trimestre de 2024, registrando um prejuízo líquido consolidado de R$ 6,693 bilhões. Esse resultado representa uma reversão em relação ao lucro líquido de R$ 7,024 bilhões obtido no mesmo período do ano anterior.
💲 Em seu comunicado de resultados, a empresa atribuiu o prejuízo líquido consolidado, em sua maior parte, ao reconhecimento de um efeito não-caixa de R$ 6,995 bilhões, diretamente relacionado ao processo de recuperação judicial da Avon Products Inc.
Na outra ponta, o Ebitda consolidado da empresa apresentou um crescimento de 87,6% no terceiro trimestre de 2024, atingindo R$ 659,2 milhões. Em relação ao Ebitda recorrente, houve um aumento de 52%, alcançando R$ 870 milhões no período.
Se aprovada, essa mudança significará o fim da holding como entidade separada, com a promessa de simplificação da estrutura societária.
Acionistas precisarão decidir se aprovaram a incorporação pela Natura Cosmética por motivo estratégico.
