Motiva (MOTV3), ex-CCR, lucra R$ 539 milhões no 1T25; alta de 20%
Empresa mudou recentemente de nome para refletir que não apenas se resume às suas operações em rodovias
🚨A Motiva (MOTV3), antiga CCR, confirmou no último domingo (18) que está em processo de negociação para vender os 17 aeroportos sob sua gestão no Brasil.
A companhia contratou o Itaú Unibanco (ITUB4) e a Lazard como assessores financeiros da operação, que ainda está na fase de tratativas não vinculantes, ou seja, sem compromissos exclusivos de parte a parte.
A venda dos ativos aeroportuários faz parte da estratégia da Motiva de reciclagem de capital e foco em negócios com maior retorno sobre o investimento.
A empresa também afirmou que outras alternativas estratégicas estão sendo consideradas.
Com o anúncio, as ações MOTV3 fecharam o pregão desta segunda-feira (19) cotadas a R$ 13,61, registrando uma alta de 0,74%.
A possível saída do setor aeroportuário marca mais um capítulo na reformulação da companhia desde a mudança de nome.
A Motiva vem promovendo uma reestruturação profunda no portfólio, com descontinuação de negócios menos rentáveis — como o serviço de barcas no Rio de Janeiro — e revisão contratual em concessões, como a MSVia.
Segundo o CEO Miguel Setas, a atual fase da empresa “reforça o acerto da estratégia e renova a confiança na trajetória traçada”.
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No primeiro trimestre de 2025, a Motiva registrou lucro líquido ajustado de R$ 539 milhões, alta de 20,2% na comparação anual.
O Ebitda ajustado foi de R$ 2,35 bilhões, crescimento de 14% sobre o 1T24, enquanto a receita líquida ajustada somou R$ 3,73 bilhões, avanço de 7,2% no mesmo intervalo.
De acordo com a companhia, os números representam os melhores resultados trimestrais já registrados em sua história, sustentados por eficiência operacional e disciplina na alocação de capital.
📈 A estratégia de desinvestimento dos aeroportos está alinhada com o objetivo da Motiva de concentrar recursos em ativos mais lucrativos e previsíveis, como rodovias e concessões com histórico consolidado de geração de caixa.
A venda, caso concluída, significará uma mudança significativa no portfólio da companhia, que busca otimizar sua estrutura operacional e financeira em um momento de crescimento seletivo e aumento de rentabilidade.
Empresa mudou recentemente de nome para refletir que não apenas se resume às suas operações em rodovias
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