Mais uma empresa listada na B3 avalia grupamento de ações, confira

Mais uma empresa listada na bolsa brasileira avalia agrupar as suas ações. É a Espaçolaser (ESPA3).

🗓️ As ações da Espaçolaser vêm sendo negociadas abaixo de R$ 1 desde novembro de 2024. Por isso, a empresa foi notificada pela B3 e tem até 3 de julho de 2025 para enquadrar o valor das suas ações acima de R$ 1. 

A B3 impõe limites para as chamadas penny stocks (ações que valem centavos) por causa da alta volatilidade desses papeis. Por isso, notifica as empresas cujas ações são negociadas por menos de R$ 1 por 30 pregões consecutivos, dando um prazo de ao menos seis meses para a companhia adotar as medidas necessárias para "reenquadrar a cotação ao patamar mínimo". 

Caso o prazo não seja cumprido, as ações podem ser submetidas a uma negociação não contínua na B3, além de serem excluídas de índices como o Ibovespa.

O que diz a Espaçolaser

💲 Em comunicado publicado após a notificação da B3, a Espaçolaser indicou que espera atingir uma cotação superior a R$ 1 na B3 por meio da melhora da sua eficiência e rentabilidade financeira. Contudo, não descartou o grupamento de ações.

"A Companhia esclarece que segue avançando com seu planejamento estratégico e implementando diversas ações de melhoria de sua eficiência operacional, conforme refletido nos últimos resultados divulgados", lembrou.

E seguiu: "Diante do cenário de melhora na eficiência e rentabilidade financeira, a Companhia acredita que as medidas estratégicas possam refletir positivamente no valor de negociação das ações de sua emissão".

A Espaçolaser admitiu, por sua vez, que considera propor um grupamento de ações caso a cotação não volte a superar R$ 1.

Neste caso, a medida teria que ser aprovada pelo Conselho de Administração e por uma Assembleia Geral de Acionistas. Além disso, teria que ser executada até 3 de julho de 2025.

Leia também: Quais ações da B3 ganham e perdem com o novo governo Trump?

Grupamento de ações

📈 O grupamento de ações é a medida mais implementada pelas empresas que caem no grupo das chamadas penny stocks. Afinal, permite que um determinado número de ações seja agrupado em único papel, elevando o valor do ativo.

Em 2024, mais de 10 empresas listadas na B3 agruparam as suas ações. Entre elas, Americanas (AMER3), Oi (OIBR3) e Sequoia (SEQL3). Já o Magazine Luiza (MGLU3) agrupou suas ações, mesmo sem ter virado uma penny stock, para reduzir a volatilidade do papel.

Neste ano de 2025, a Westwing (WEST3) também já agrupou as suas ações. A operação foi concluída na última quinta-feira (16), na proporção de 10 para 1.

Já a AgroGalaxy (AGXY3) avalia a medida. Em recuperação judicial, a empresa já foi notificada pela B3 e disse que uma proposta de grupamento pode ser apresentada até 3 de março.