Mais cautelosa, Azul (AZUL4) revê metas e vê ações subirem na bolsa

Empresa corta projeções de receita e Ebitda, mas mantém capacidade e aposta em redução de custos.

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Publicado em 24/10/2025 às 10:46h - Atualizado Agora Publicado em 24/10/2025 às 10:46h Atualizado Agora por Wesley Santana
Azul é uma das três maiores companhias aéreas do país (Imagem: Shutterstock)
Azul é uma das três maiores companhias aéreas do país (Imagem: Shutterstock)

As ações da Azul (AZUL4) abriram o pregão desta sexta-feira (24) com forte alta na bolsa de valores. Por volta das 10h30, os papéis operavam com valorização de 3,5%, acima de R$ 1,15.

O ticker da companhia aérea repercute a atualização do plano de negócios publicado na véspera, onde estimou que a alavancagem deve ficar em 2,5x no fim do processo de recuperação judicial. A empresa também reduziu as projeções de crescimento, mostrando aos investidores que está mais “pé no chão”.

No intervalo de três meses, a Azul cortou de 7,4% para 5,8% sua projeção de receita e de 12,2% para 9,3% o Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações). O crescimento da capacidade, que é medido pelo número de assentos e os quilômetros operados, porém, foi mantido em 3,4%.

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“O plano de negócios atualizado assume, de forma conservadora, uma economia de custos de R$ 747 milhões com base em melhorias de produtividade e contratos finalizados já alcançados”, diz o documento da Azul.

A empresa também continua negociando com seus credores melhores condições de pagamento. Isso é feito, sobretudo, com empresas que fabricam aeronaves ou que alugam os veículos para a companhia aérea.

“Embora ainda não concluídas, a companhia está confiante no sucesso dessas negociações nas próximas semanas”, informou.

Terceiro trimestre

A empresa também divulgou nesta semana os seus resultados preliminares do terceiro trimestre de 2025. Os números, que ainda precisam ser consolidados, mostram um Ebitda de R$ 1,987 bilhão, abaixo do previsto pelo mercado.

A empresa conseguiu, no entanto, reduzir as despesas operacionais no período, fechando o trimestre com R$ 4,4 bilhões. E isso aconteceu no mesmo cenário de aumento dos repasses com combustíveis, que cresceram 2,7%.

Neste ano, a companhia alcançou número recorde no transporte de passageiros. Entre janeiro e setembro, foram 23,7 milhões de passageiros transportados para destinos nacionais e internacionais.

O número revela um incremento de quase 6% em relação aos passageiros do ano anterior, conforme dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Os aeroportos de Campinas (SP), Confins (MG) e Recife (PE) se destacaram pelo aumento do fluxo de passageiros.