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Bradesco (BBDC4): Qual a expectativa para os resultados do 3T25?
A maior parte dos analistas do mercado projeta um cenário otimista para o banco.
Lucro do Bradesco (BBDC4) salta quase 19% no 3T25 e passa de R$ 6 bilhões
A instituição também destacou o avanço da rentabilidade com disciplina na concessão de crédito e controle dos indicadores de inadimplência.
Publicado em 29/10/2025 às 18:28h - Atualizado 8 horas atrás
Publicado em 29/10/2025 às 18:28h
Atualizado 8 horas atrás
💲 O Bradesco (BBDC4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, crescimento de 18,8% na comparação anual. O resultado veio levemente acima das projeções da LSEG, que estimavam R$ 6,05 bilhões.
Sem eventos extraordinários no período, o lucro contábil foi equivalente ao resultado recorrente. A instituição também destacou o avanço da rentabilidade com disciplina na concessão de crédito e controle dos indicadores de inadimplência.
“Demos mais um passo na melhora da nossa rentabilidade. A tração comercial segue firme e mantemos o foco no retorno ajustado ao risco”, afirmou a administração em comunicado.
Bradesco aumenta provisões, mas mantém inadimplência sob controle
Mesmo diante de um cenário econômico mais morno, o Bradesco conseguiu expandir sua carteira de crédito no terceiro trimestre. A carteira total avançou 9,6% na comparação anual e 1,6% em relação ao segundo trimestre, alcançando R$ 1,03 trilhão.
Esse crescimento foi puxado especialmente pelas linhas voltadas a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), além da pessoa física, que registrou alta de 13,8%. Já a carteira voltada a empresas cresceu 6,5%.
O crescimento da carteira veio acompanhado de maior cautela. A despesa com provisões para devedores duvidosos (PDD) subiu 20% no ano e 5,1% no trimestre, totalizando R$ 8,5 bilhões.
O movimento indica uma postura mais conservadora do banco, em linha com o observado no Santander. Segundo o Bradesco, o aumento está relacionado a operações específicas no segmento atacado.
Apesar do reforço nas provisões, a inadimplência seguiu sob controle. O índice de atrasos acima de 90 dias ficou estável no trimestre e recuou 0,1 ponto percentual em 12 meses, para 5,4% em setembro.
O banco afirma que o desempenho das despesas com PDD reflete a eficiência na cobrança e melhora da qualidade da carteira, o que também se traduziu em redução de 0,1 ponto percentual no custo de crédito no trimestre.
Receita avança e margem com clientes cresce
As receitas totais somaram R$ 35 bilhões entre julho e setembro, avanço de 13,1% na comparação anual e de 3% frente ao trimestre anterior.
A receita com prestação de serviços alcançou R$ 10,5 bilhões, alta de 6,9% na base anual e 2,8% no trimestre, com destaque para consórcios, cartões, operações de crédito e administração de fundos.
A margem financeira total subiu para R$ 18,7 bilhões, com crescimento de 16,9% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
A margem com clientes cresceu 19% na mesma base de comparação, atingindo R$ 18,6 bilhões. O avanço reflete tanto o aumento da carteira de crédito quanto o crescimento do spread médio.
Por outro lado, a margem com mercado caiu para R$ 99 milhões, recuo de 65% em relação ao segundo trimestre e de 72% no ano.
As despesas operacionais totalizaram R$ 16 bilhões, alta de 9,6% na base anual. Segundo o banco, esse ritmo reflete os investimentos em transformação digital, tecnologia e expansão dos negócios, tanto no Bradesco quanto em suas coligadas.
Rentabilidade e guidance
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) subiu para 14,7%, uma melhora de 2,3 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2024 e de 0,1 ponto frente ao trimestre anterior.
No campo das projeções, o banco superou a meta para a carteira de crédito, com crescimento acumulado de 9,6% nos nove primeiros meses do ano, acima da faixa de 4% a 8%.
As receitas com prestação de serviços também vieram fortes, com avanço de 9,2%, ligeiramente acima do intervalo projetado de até 9%. Já as despesas operacionais ficaram acima do esperado, com alta de 10,5%, frente à faixa prevista de 5% a 9%.
Por outro lado, o resultado com seguros, previdência e capitalização surpreendeu positivamente, com salto de 21,7%, superando com folga a estimativa de até 13%.
📊 Confira o desempenho dos principais indicadores frente ao guidance:
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Indicador
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Guidance 2025
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Realizado 9M25
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Carteira de Crédito Expandida
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4% a 8%
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9,6%
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Margem Financeira Líquida
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R$ 37 bi a R$ 41 bi
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R$ 29,6 bi
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Receitas de Prestação de Serviços
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5% a 9%
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9,2%
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Despesas Operacionais
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5% a 9%
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10,5%
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Resultado de Seguros, Previdência e Capitalização
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9% a 13%
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21,7%
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