Conselho da Light (LIGT3) aprova novo plano de recuperação judicial
O novo plano prevê o aporte de recursos da empresa mediante aumento de capital e a capitalização de determinados créditos.
O Conselho de Administração da Light (LIGT3) autorizou a emissão de 132 milhões de debêntures, no valor total de R$ 1,661 bilhão. Essas debêntures são do tipo quirografário, ou seja, não possuem garantia específica sobre os bens da empresa.
🤑 Além disso, elas são conversíveis, o que significa que os detentores poderão trocá-las por ações ordinárias da Light. Essa operação, realizada de forma privada e não aberta ao público em geral, faz parte da estratégia da empresa para sair da recuperação judicial.
A Light, além de emitir debêntures conversíveis, lançou 132.053.914 bônus de subscrição. Esses bônus, que são títulos nominativos e escriturais, conferem aos seus titulares o direito de adquirir novas ações da companhia. Em outras palavras, cada bônus equivale ao direito de comprar uma ação da Light.
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Em outra decisão, o conselho da empresa aprovou a emissão de 513 mil debêntures simples, da espécie quirografária, em série única. Ao contrário das primeiras debêntures, estas não são conversíveis em ações. A companhia espera arrecadar até R$ 51,3 milhões com essa nova emissão, que será destinada integralmente ao reperfilamento de sua dívida.
💲 A empresa ainda diversificou suas fontes de financiamento ao emitir títulos em dólares com diferentes características. Além de títulos sem juros para credores específicos, foram emitidas "Units", que podem ser divididas em partes que oferecem tanto a possibilidade de adquirir ações no futuro quanto o pagamento de juros, dependendo do cumprimento de determinadas condições.
Já em relação aos títulos, a empresa informou que a oferta dos títulos (unsecured notes e Units) será direcionada ao mercado internacional, estando sujeita à regulamentação da SEC (Securities and Exchange Commission), a principal agência reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos.
O novo plano prevê o aporte de recursos da empresa mediante aumento de capital e a capitalização de determinados créditos.
Os acordos incluem um pagamento de aproximadamente R$ 800 milhões aos bancos Itaú, Santander, Bradesco e Citi, principais credores da empresa.