Jalles Machado (JALL3) afunda na B3, após prejuízo e guidance cauteloso
Companhia prevê uma redução de 1,8% da sua produtividade na safra 2025/2026.
💲 A Jalles Machado (JALL3), empresa do setor sucroenergético e uma das maiores produtoras de açúcar orgânico do mundo, anunciou na última terça-feira (2) que obteve um financiamento de R$ 200 milhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O crédito foi concedido no âmbito do Programa Brasil Soberano, e tem como pano de fundo os impactos negativos das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao açúcar brasileiro.
O financiamento, com taxa de juros de 3,53% ao ano e carência de 12 meses, foi articulado como medida de apoio à companhia, que sofreu com os efeitos das barreiras protecionistas do governo de Donald Trump.
Em julho, o presidente norte-americano determinou o aumento das tarifas de importação para até 50% sobre diversos produtos brasileiros, incluindo itens do setor agroindustrial.
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Posteriormente, algumas dessas taxas foram parcialmente revertidas, mas o impacto para empresas exportadoras como a Jalles Machado já havia sido sentido.
De acordo com estimativas do BTG Pactual (BPAC11), aproximadamente 50% das exportações orgânicas da Jalles têm como destino os Estados Unidos, o que representa cerca de 5% da receita total da companhia.
No cenário mais conservador, o banco calculava que o impacto das tarifas poderia reduzir o Ebitda de 2026 em até 3%, um número significativo, considerando as margens operacionais já comprimidas do setor.
📈 O recurso do BNDES chega como um alívio de caixa importante em meio ao ambiente de incerteza internacional, e poderá ser usado pela companhia para manter seu ritmo de crescimento, reforçar capital de giro e neutralizar parcialmente os efeitos da redução de competitividade no mercado externo.
Companhia prevê uma redução de 1,8% da sua produtividade na safra 2025/2026.
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