O Itaú (ITUB4) voltou a ser a empresa mais valiosa da B3, acima da Petrobras (PETR4).
O feito foi registrado depois de o banco anunciar bilhões em dividendos extraordinários e disparar na bolsa na última sexta-feira (28), enquanto a petroleira recuava depois de indicar que vai pagar menos proventos nos próximos anos no seu novo plano de negócios.
Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, o Itaú era avaliado em R$ 426,9 bilhões no fechamento de 28 de novembro. Já a Petrobras apresentava um valor de mercado de R$ 421,5 bilhões.
Desde então, o Itaú vem conseguindo manter e até ampliar a liderança no ranking das empresas mais valiosas da B3.
No fechamento de quinta-feira (4), por exemplo, o banco já valia R$ 443,1 bilhões. E, com isso, garantia uma vantagem de R$ 10,1 bilhões em relação à Petrobras, avaliada em R$ 432,9 bilhões na ocasião.
Vale lembrar, contudo, que Itaú e Petrobras já vêm brigando há algum tempo pelo título de maior empresa da bolsa brasileira em valor de mercado.
O banco já chegou a ultrapassar a petroleira no início de novembro, favorecido pela estabilidade dos resultados bancários. Porém, a estatal acabou retomando o topo da B3 depois de alguns pregões, impulsionada pelos resultados fortes e dividendos robustos do terceiro trimestre.
Por isso, resta ver como ficará o ranking das empresas mais valiosas da bolsa nos próximos pregões.
Segundo o levantamento da Elos Ayta Consultoria, a vantagem no acumulado do ano fica com o Itaú.
Isso porque o Itaú já ganhou R$ 161,9 bilhões em valor de mercado em 2025, favorecido pelos resultados operacionais robustos e, consequentemente, pelos dividendos generosos.
O banco ainda "se beneficia de um fluxo crescente de capital em direção aos setores associados a maior resiliência, consistência de resultado e menor dependência de fatores exógenos, como commodities e regulações", segundo o CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero.
"Em momentos de incerteza, o mercado tende a reprecificar ativos com maior estabilidade de geração de caixa, o que ajuda a explicar o avanço do setor financeiro e, de forma emblemática, do Itaú Unibanco", explicou.
A Petrobras, por outro lado, apresenta um saldo negativo de R$ 57,4 bilhões no ano - o que, de acordo com Einar Rivero, é um "reflexo de maior volatilidade setorial e sensibilidade a variáveis macroeconômicas e políticas".
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