Após recorde de agosto, XP (XPBR31) crava Ibovespa em 150 mil pontos ainda em 2025
Analistas apontam queda dos juros e fluxo estrangeiro como motores da bolsa brasileira.
🚨 A pesquisa mensal da XP Investimentos (XPBR31) com 109 assessores revelou em setembro um paradoxo no comportamento dos investidores. Embora a intenção de aumentar exposição à renda variável tenha crescido, a alocação efetiva em Bolsa acabou caindo.
Segundo o levantamento, 23% dos clientes planejam ampliar investimentos em ações, acima dos 21% de agosto.
Apenas 8% pretendem reduzir exposição, menos da metade dos 16% registrados no mês anterior. Já a maioria, 69%, deve manter a alocação estável.
Apesar do maior otimismo, a prática mostrou retração. A proporção de investidores com até 10% da carteira em ações saltou de 42% para 53%. Já aqueles com 10% a 25% de exposição caíram de 35% para 26%.
As faixas mais altas ficaram praticamente estáveis ou em queda: 25% a 50% se manteve em 17%, enquanto os que destinam mais de 50% recuaram de 6% para 5%.
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O humor com a Bolsa avançou. Em setembro, 71% dos entrevistados atribuíram nota 7 ou mais para o cenário, frente a 54% no mês anterior. A média geral subiu de 6,2 para 6,9 pontos.
Para o Ibovespa em 2025, a projeção média cresceu de 135 mil para 141 mil pontos. Mesmo assim, o número ainda está abaixo dos atuais 145 mil pontos, após o rali recente.
Entre as classes de ativos, a renda fixa segue em primeiro lugar, embora tenha perdido espaço: caiu de 77% para 75% das preferências.
O interesse por ações subiu de 31% para 37%, e o de fundos imobiliários de 30% para 36%. Já os investimentos internacionais recuaram de 48% para 39%.
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A política fiscal segue como principal preocupação, citada por 40% (ante 41% em agosto). A instabilidade política avançou de 28% para 29%, e o temor de juros mais altos no Brasil cresceu de 5% para 9%.
📊 Quanto aos cortes de juros nos EUA, 63% afirmaram que não houve impacto em suas carteiras, enquanto 17% relataram aumento na exposição a ações no Brasil e 15% em ativos internacionais.
Analistas apontam queda dos juros e fluxo estrangeiro como motores da bolsa brasileira.
Analistas da XP buscam responder se é melhor agora investir em CDI ou IPCA+ para aproveitar taxas no Tesouro Direto.