Grupo Mateus (GMAT3): Por que a varejista está afundando na B3?
A companhia precisou fazer um ajuste contábil, após erro bilionário no balanço de 2024.
Nesta quarta-feira (29), o Grupo Matheus (GMAT3) fechou um acordo para assumir o controle do Novo Atacarejo, um dos seus principais concorrentes no Nordeste.
💰 A rede terá 51% do novo negócio que deve surgir a partir de agora, juntando os ativos das duas redes nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba. As duas companhias de atacado somam 50 unidades nesses estados, mas o Grupo Matheus é notadariamente maior, tendo 254 lojas nos nove estados em que opera.
A compradora divulgou um fato relevante destacando que o Novo Atacarejo registrou uma receita de R$ 4,5 bilhões no ano passado e que ambas têm um modelo de negócio similar. Se somados os números de agora, a receita total do novo negócio estaria na casa de R$ 6,8 bilhões, destacou o Grupo Matheus.
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“Caso a potencial operação seja concretizada, tal movimento representará o fortalecimento da estratégia de expansão do Grupo Mateus na região Nordeste e o propósito da companhia e do Novo Atacarejo de fomentar a economia da região Norte e Nordeste do país, contribuindo para a geração cada vez maior de empregos formais diretos e indiretos e, também, de oferecer aos clientes das bandeiras Mix Mateus, Mateus e Novo uma experiência cada vez mais completa”, disseram as empresas.
As empresas não divulgaram o valor da transação que ainda deve passar por avaliação dos órgãos de controle, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O Itaú BBA e o escritório Machado Meyer atuaram como assessores financeiros e jurídicos, respectivamente.
Com a divulgação do negócio, as ações do Grupo Matheus apontavam alta de quase 5% no pregão, negociadas em cerca de R$ 7,80. Nos últimos seis meses, os papeis da companhia avançaram cerca de 13%, mas tiveram desempenhos mais tímidos nos resultados mensal e semanal.
Segundo o último balanço publicado pelo atacadista, o lucro líquido no primeiro trimestre foi de R$ 238 milhões, com alta de 0,5% na comparação de doze meses. Já a receita global avançou 25,8%, para R$ 7,38 bilhões.
A companhia precisou fazer um ajuste contábil, após erro bilionário no balanço de 2024.
Os valores referentes ao ano de 2025 serão pagos de uma única vez em 30 de dezembro de 2025.