Gol (GOLL54) registra lucro líquido de R$ 248 milhões no 3T25
A receita líquida chegou a R$ 5,54 bilhões, representando alta de 11,6%.
Depois de meses de completa baixa, as ações da Gol (GOLL54) voltaram a chamar a atenção dos investidores nesta quarta-feira (12). A companhia aérea vê seus papéis voando quase 15% na B3, para acima dos R$ 5,50.
O movimento vem na esteira da publicação dos resultados do terceiro trimestre, quando a empresa registrou lucro líquido de R$ 248 milhões. O montante representa uma completa mudança de rota em relação ao resultado auferido um ano antes, quando o prejuízo foi de R$ 1,4 bi.
Segundo a companhia, o resultado favorável foi possível graças a um conjunto de fatores que formaram o céu perfeito. Houve forte demanda de voos, a empresa conseguiu controlar os custos e ainda encontrou espaço para reduzir as despesas financeiras.
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Essa última, ainda de acordo com o documento, abriu caminho para a queda no endividamento da companhia, um dos seus principais problemas. No acumulado do trimestre, a companhia somou R$ 5,5 bi em receitas, o que representa uma alta de 11% na comparação anual.
Os analistas do J.P. Morgan receberam os números com surpresa e destacaram a redução de custos da aérea como um ponto importante do relatório. Leandro Bastos e Renan Prata ainda disseram que o lucro da companhia veio acima das expectativas, mas pontuaram:
“Já antecipávamos uma reação favorável das ações. No entanto, é importante observar que a liquidez permanece limitada, com ações disponíveis para negociação representando menos de 1% das preferenciais, e espera-se que o papel seja retirado de negociação em breve, provavelmente no primeiro trimestre de 2026”, escreveram.
No começo deste mês, os acionistas da Gol fecharam um acordo para tirar a companhia da bolsa de valores. Dessa forma, as ações devem deixar de ser negociadas no balcão, além de o status de companhia aberta ser cancelado.
Para que isso aconteça, a controladora deve fazer uma OPA (Oferta Pública de Ações) com o objetivo de adquirir os papéis que estão na B3. Ainda não há data para que a operação aconteça, mas a expectativa é que seja realizada nos próximos meses.
O fato é que os acionistas majoritários já informaram ao mercado que estão dispostos a pagar, no máximo, R$ 47,2 mi pelos papéis em circulação. Esse montante será dividido pelo número de ações e resultará no preço a ser pago por cada papel.
A receita líquida chegou a R$ 5,54 bilhões, representando alta de 11,6%.
Durante a assembleia, foi aprovada a incorporação da Gol e da GIB pela GLA.