Gol (GOLL4) anuncia revisão em plano financeiro de 5 anos; ações sobem 4%

O plano servirá como base para o processo de reestruturação judicial da empresa nos EUA.

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Publicado em 15/01/2025 às 12:16h - Atualizado Agora Publicado em 15/01/2025 às 12:16h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
A Gol quer expandir sua atuação tanto no mercado doméstico quanto internacional (Imagem: Shutterstock)

✈️ A companhia aérea Gol Linhas Aéreas Inteligentes (GOLL4) apresentou nesta quarta-feira, 15, uma atualização do seu "Plano Financeiro de 5 Anos", alinhado às atuais condições do mercado. Conforme anunciado, este plano servirá como base para o processo de reestruturação judicial da empresa nos EUA, sob o Chapter 11.

Com o anúncio, as ações da empresa subiram 4,39%, a R$ 1,70, às 11h26 (horário de Brasília). O Plano de 5 Anos revisado, elaborado considerando o cenário econômico atual, estabelece uma taxa de câmbio projetada de R$ 6,04 e detalha as iniciativas da companhia para otimizar suas operações e fortalecer sua posição financeira.

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Com isso, a Gol visa expandir sua atuação tanto no mercado doméstico quanto internacional, com o plano de aumentar sua frota para 167 aeronaves até 2029, combinando essa expansão com investimentos em sua frota atual a curto prazo.

💰 "Temos o prazer de dar mais um passo do nosso plano de reestruturação financeira. Desde o início deste processo no ano passado, obtivemos concessões por parte dos nossos arrendadores, endereçamos questões relacionadas à manutenção e a obrigações vencidas, e lançamos um plano de melhoria de resultados...", diz o CEO da companhia, Celso Ferrer.

Um pouco mais sobre o plano

Conforme o fato relevante divulgado pela companhia, o novo Plano se baseia em três pilares fundamentais. O primeiro deles é a aprovação do Plano de Reestruturação, submetido ao Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York em 9 de dezembro de 2024.

💲 O segundo pilar do Plano consiste na conversão de uma parte substancial da dívida da companhia em novas ações. Essa operação, conforme previsto, resultará em uma diluição considerável das ações já existentes, de acordo com os direitos de preferência dos acionistas.

E o terceiro pilar do Plano consiste na conclusão bem-sucedida de uma operação financeira que envolve um aumento de capital de US$ 330 milhões e a emissão de uma nova dívida de US$ 1,54 bilhão com vencimento em cinco anos. Os recursos obtidos com essa operação serão utilizados para quitar os financiamentos existentes e fortalecer a posição de caixa da companhia.

Segundo projeções da companhia, a dívida líquida deverá apresentar uma melhora nos próximos anos, impulsionada pela recuperação da frota operacional e pelo aumento do Ebitda. Estima-se que a alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda, se reduza para 2,7 vezes até o final de 2027 e para 1,9 vezes até o final de 2029.