Gerdau (GGBR4) aprova incorporação da Gerdau Summit, além de aquisição de mais duas empresas
Fabricante de aço conclui compra indireta das companhias Rio do Sangue Energia S.A. e Paranatinga Energia S.A.
📊 Até mesmo o comportamento das ações da Gerdau (GGBR4) nesta terça-feira (29) evidencia o sentimento agridoce dos analistas diante de seus resultados no primeiro trimestre do ano (1T25). Os papéis que chegaram a saltar +1% no início do dia, na cotação máxima de R$ 15,72 cada, depois mergulharam para até R$ 15,20, ficando bem abaixo do fechamento anterior de R$ 15,55.
O que bateu as expectativas do mercado nos números da fabricante de aço foi o seu desempenho operacional, com ebitda marcando R$ 2,4 bilhões no 1T25, cerca de 5% acima do consenso de mercado. Para o BTG Pactual, isso se deve a melhores margens da Gerdau na América do Norte e volumes mais fortes no Brasil.
Todavia, nem tudo são flores nesta temporada de balanços, uma vez que o fluxo de caixa da companhia, na verdade, teve um consumo de caixa inesperado de R$ 1,25 bilhão, impactado por uma relevante saída de capital de giro e pelos investimentos (capex) de 2024.
"Embora tenhamos convicção de que esses fatores irão se normalizar adiante e o fluxo de caixa melhorará materialmente, a realidade é que a companhia gera pouco caixa. Apesar de trabalharmos com uma recuperação dos resultados operacionais, especialmente nos Estados Unidos, nos próximos trimestres, acreditamos que há dúvidas quanto à magnitude dessa melhora", comentam os analistas Leonardo Correa, Marcelo Arazi e Bruno Henriques, em relatório.
Outro ponto de atenção na tese de investimento em GGBR4 diz respeito ao seu ritmo de dividendos. No caso, o trio de especialistas explica que tanto o pagamento de proventos quanto o seu programa de recompra de ações têm refletido em um dividend yield abaixo de 7% ao ano.
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O BTG Pactual mergulhou fundo nos indicadores fundamentalistas da fabricante de aço para responder à pergunta que não quer calar, mas reconhece que de qualquer forma existe a falta de catalisador forte para a Gerdau, e o seu baixo fluxo de caixa dados os elevados investimentos realizados em seus negócios continuam sendo obstáculos de curto prazo.
Mesmo assim, o banco segue otimista com a tese de investimento em GGBR4 para o longo prazo, com recomendação de compra e estipulando preço justo de R$ 24 por ação, enxergando um Preço Sobre o Lucro (P/L) de 6,1 vezes em 2026, além de um EV/Ebitda de 2,8 vezes também em 2026.
🗣️ "Em linhas gerais, vemos risco de queda limitado para a ação nos níveis atuais, embora reconheçamos a falta de catalisadores de curto prazo para uma reavaliação mais forte. Vemos a ação negociada a menos de 4 vezes o Ebitda de 2025, com taxas de fluxo de caixa próximos de 7%", afirmam os analistas do BTG Pactual.
A dívida líquida da Gerdau permanece ao nível confortável, na visão do banco, de R$ 7,6 bilhões, ainda que tenha aumentado em relação aos R$ 5,4 bilhões do trimestre anterior devido ao menor fluxo de caixa, elevando a alavancagem.
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