MBRF: CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
Assembleia estava marcada para segunda-feira (14), mas será adiada em ao menos 21 dias.
🚨 A tão aguardada fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) deu um passo decisivo rumo à consolidação.
Após meses de incertezas e idas e vindas regulatórias, 43,79% dos acionistas minoritários da BRF votaram a favor da incorporação de ações pela Marfrig, conforme boletim divulgado no sábado (02).
Por outro lado, 17,43% manifestaram-se contrários à proposta, enquanto os demais ainda não se posicionaram.
O desfecho dependerá agora da deliberação na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para o dia 5 de agosto de 2025, às 11h, em formato exclusivamente digital via Zoom.
Para ter direito a voto, os acionistas devem enviar a documentação exigida pela plataforma Qi Central até o dia 3 de agosto.
Na pauta da assembleia está a proposta de incorporação total da BRF pela Marfrig, que transformaria a BRF em uma subsidiária integral.
Nesse cenário, cada acionista da BRF receberia 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF atualmente detida.
A operação também prevê o cancelamento de ações em tesouraria e oferece direito de retirada para os acionistas dissidentes.
A proposta integra um plano estratégico mais amplo, que é formar uma plataforma global de alimentos, com maior escala, sinergias operacionais e expansão internacional.
No entanto, para se concretizar, o movimento precisa de aprovação por parte dos acionistas das duas empresas e do cumprimento de diversas condições previstas em protocolo.
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Durante o impasse regulatório, a Marfrig seguiu reforçando sua posição no capital da BRF e atualmente já detém 58,87% da companhia.
A saída da Previ— fundo de pensão que se opunha aos termos da fusão — também facilitou o avanço da operação.
Apesar do apoio crescente dos acionistas, a operação enfrenta resistência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Minerva (BEEF3) e a Latache Capital, acionista minoritária da BRF, protocolaram pedido de reavaliação da operação, alegando que a fusão poderá comprometer a concorrência, especialmente no mercado de processados como hambúrgueres, almôndegas e quibes.
O Cade, que inicialmente analisava o caso em rito sumário, pode converter o processo para rito ordinário, mais detalhado e demorado.
A recomendação foi feita pelo novo presidente do órgão, Gustavo de Lima, segundo apuração do colunista Lauro Jardim, de O Globo. Caso confirmada, a mudança exigirá uma análise mais profunda do impacto da operação no mercado.
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Outro ponto sensível diz respeito ao Salic, fundo soberano da Arábia Saudita que detém 24,5% da Minerva e, indiretamente, teria 10,6% da nova companhia resultante da fusão (MBRF).
📈 A Minerva teme que a participação estratégica do Salic possa facilitar a troca de informações sensíveis entre as empresas, prejudicando a competitividade no setor.
Assembleia estava marcada para segunda-feira (14), mas será adiada em ao menos 21 dias.
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