Fundo imobiliário propõe aos cotistas vender todos os seus galpões para outro FII
REC Logística (RELG11) pretende vender todos os seus imóveis para o GGR Covepi Renda (GGRC11)
🏘️ Quem tem fundos imobiliários em sua carteira há algum tempo não apenas está contente em ver dinheiro caindo na conta todos os meses na forma de dividendos, como está o valor do patrimônio investindo subindo com força, especialmente desde a reta final do ano passado.
Isso porque o Ifix (o índice que traz o desempenho médio dos FIIs mais negociados) atingiu em 16 de maio de 2025 o maior patamar da sua história: 3.439,07 pontos, embora nesta segunda-feira (19) ainda esteja bem perto disso, valendo 3.436,51 pontos. Mas quando será que a maré dos fundos imobiliários virou? E, mais importante, eles continuarão subindo forte em 2025?
Para Einar Rivero, CEO da Elos Ayta, a retomada do Ifix não parece ser um voo de galinha, já que o fôlego do mercado não veio de eventos pontuais, mas por uma base de investidores cada vez mais sólida e familiarizada com o funcionamento do setor.
Vale destacar que desde o fundo do poço dos fundos imobiliários na pandemia, no dia 23 de março de 2020, só a média de retorno dos FIIs medida pelo Ifix (naquela época, nos 2.169,30 pontos) trouxe uma valorização de +58,5%, sendo que apenas em 2025, o ganho médio dos cotistas ultrapassa os +10%.
➡️ Leia mais: O que são Fundos Imobiliários (FIIs)?
Segundo o levantamento da Elos Ayta, o lucro já entregue pelo Ifix neste ano só fica atrás do desempenho visto em 2019, que até hoje foi o melhor ano para os FIIs, que avançaram +35,98%.
"O dado ganha ainda mais relevância ao ser contextualizado com os desempenhos modestos ou negativos dos anos anteriores: 2,22% em 2022 e −5,89% em 2024", destaca Einar Rivero, que revela a seguir quando foi o momento de inflexão mais recente que fez o humor dos cotistas de fundos imobiliários mudar da água para o vinho.
🔎 Desde o dia 19 de dezembro de 2024, quando o Ifix tocou os 2.878,4 pontos, a média dos FIIs mais negociados da bolsa brasileira disparou +19,5% até o último dia 16 de maio, sinalizando uma recuperação acelerada. Mas teve fundo imobiliário que ficou bem acima da média no período.
Por exemplo, o REC Logística (RELG11) apresentou valorização de +40% em suas cotas, já considerando o reinvestimento dos dividendos mensais, conforme dados consultados no Investidor10. Trata-se de um FII de tijolo, com quase R$ 150 milhões em valor patrimonial e que ainda exibe um P/VP de 0,64, ou seja, bem abaixo do valor justo de 1.
O estudo aponta que, possivelmente, a retomada do Ifix em 2025 é sustentada por uma combinação de queda nos juros futuros, maior apetite por ativos de renda passiva e melhora nos fundamentos dos fundos imobiliários listados.
🏬 Criado em 2010, o Ifix é hoje um termômetro da atratividade do mercado de fundos imobiliários no Brasil, relembra o consultor financeiro. Em seus 15 anos de existência, o índice registrou dez anos de rentabilidade positiva e cinco de desempenho negativo.
O levantamento da Elos Ayta mostra que as maiores perdas para quem investe em fundos imobiliários ocorreram em 2013 (-12,65%) e 2020 (-10,24%), enquanto os maiores ganhos foram registrados em 2019 (+35,98%) e 2012 (+35,01%).
Segundo Einar Rivero, a leitura dos dados históricos permite uma constatação interessante: após a pandemia, o índice vem se tornando menos volátil, com variações mais contidas. Ou seja, o profissional de mercado enxerga que os investidores de FIIs estão mais maduros e com um maior grau de diversificação, o que suaviza os ciclos de euforia e pânico.
"Se 2023 foi o ano da retomada pós-pandemia e 2024 uma pausa forçada pelos ruídos macroeconômicos, 2025 pode estar se consolidando como o ano da maturidade dos FIIs na carteira do investidor brasileiro", conclui o CEO da Elos Ayta.
REC Logística (RELG11) pretende vender todos os seus imóveis para o GGR Covepi Renda (GGRC11)
A transação, realizada em parceria com o Santander (SANB11), resultará na extinção de uma dívida de R$ 64,1 milhões.