O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) anunciou nesta sexta-feira (26) o fim do foco da doença de Newcastle, no Rio de Grande do Sul. A expectativa é que, com isso, o Brasil possa retomar as exportações de carnes de aves e seus produtos, suspensas preventivamente há uma semana.
📈 A notícia impulsiona as ações dos frigoríficos listados na B3, que vinham tendo dias difíceis desde que um foco da doença foi confirmado no Rio Grande do Sul, em 17 de julho. A Marfrig (MRFG3), que havia admitido a possibilidade de uma das suas subsidiárias ter sigo atingida pela doença, por exemplo, subia 2,64% às 14h45.
A BRF (BRFS3), que é controlada pela Marfrig, avançava 2,66% e a Minerva (BEEF3), 2,75%. Já a JBS (JBSS3) disparava 7,11%, favorecida também pela recomendação de compra do JP Morgan.
🐔 A doença de Newcastle é causada por uma infeção viral que provoca problemas respiratórios em aves domésticas e silvestres, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos animais.
Um foco da doença foi identificado em um estabelecimento de avicultura comercial de corte, localizado no município de Anta Gorda em 17 de julho. Por isso, o Mapa declarou emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul e suspendeu preventivamente as exportações brasileiras para países como China e Argentina em 19 de julho.
Depois disso, cinco casos suspeitos testaram negativo para a doença. Logo, o Mapa notificou OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) sobre o fim do foco da doença nesta sexta-feira (26). Com a medida, o governo aguarda a retirada da suspensão, por parte dos países importadores, das restrições para as exportações brasileiras de carnes de aves e seus produtos.
"Com o fim do foco da doença disponibilizaremos aos países todas as informações sobre o diagnóstico atual e as medidas adotadas. Isso permitirá que eles analisem e confirmem que estamos livres de Newcastle, possibilitando a retomada das certificações para exportação", afirmou o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.
O Mapa disse ainda que reforçou os protocolos de segurança em unidades de produção aviária e que qualquer outro caso suspeito será imediatamente acompanhado. A granja afetada pela doença, por sinal segue sendo monitorada por 42 dias para verificar se há resquícios de circulação do vírus e só será liberada depois disso.
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