Ações da Vale (VALE3) podem render mais dividendos, diz Itaú BBA
O banco destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa em 2025, criando margem para dividendos adicionais.
A Fitch melhorou nesta terça-feira (29) a perspectiva da nota de crédito da Vale (VALE3), de estável para positiva. A revisão é fruto da conclusão do acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
💲 Na avaliação da Fitch, "o acordo mitiga as incertezas, com saídas de caixa definidas e mais administráveis relacionadas à reparação integral dos acidentes de Mariana e Brumadinho, as quais não prejudicam o perfil financeiro da Vale".
Além disso, há a expectativa de que o acordo reduza a possibilidade de penalidades adicionais, como a que poderia vir da ação coletiva apresentada por vítimas da tragédia no Reino Unido. Afinal, um dos argumentos da ação é de que não havia uma solução final para o assunto no Brasil.
O acordo final de reparação de danos de Mariana foi assinado na última sexta-feira (25) pelas mineradoras Vale, BHP e Samarco e o governo federal.
O acordo soma R$ 170 bilhões, sendo que R$ 38 bilhões já foram desembolsados pelas empresas, R$ 32 bilhões dizem respeito a obrigações da Samarco e os outros R$ 100 bilhões serão pagos em conjunto pelas três mineradoras em um prazo de 20 anos.
Para a Fitch, "os desembolsos resultantes esperados são significativos, mas administráveis, considerando a posição de caixa da Vale, seu acesso ao mercado e o cronograma de pagamento".
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Diante disso, a agência de classificação de risco acredita que a Vale "continuará comprometida em preservar um perfil de baixa alavancagem e que gerará fluxos de caixa fortes, enquanto administra preços mais baixos de minério de ferro e equilibra oportunidades de crescimento e de retorno aos acionistas".
A projeção da Fitch é de uma dívida líquida média de US$ 10,4 bilhões entre 2024 e 2026.
⚒️ A Fitch também destacou o "aumento da escala e da diversificação da companhia em um mix de produtos ferrosos de maior valor agregado". Por isso, ao melhorar a perspectiva, reafirmou a nota de crédito da Vale em BBB.
A agência de classificação de risco citou o plano da companhia de produzir de 340 milhões a 360 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, sendo 85% de alta qualidade, além da expectativa de ampliar a produção de metais básicos como cobre e níquel.
Por isso, projeta um Ebitda de US$ 15,6 bilhões em 2024 e US$ 13,2 bilhões em 2025.
O banco destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa em 2025, criando margem para dividendos adicionais.
Mineradora alcança redução do nível de risco de rompimento da barragem Forquilha III, em Minas Gerais.